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No Estado de São Paulo, apesar das variações climáticas de 2021, há perspectiva de crescimento de quase 22% na safra deste ano
Os combustíveis, da gasolina ao gás de cozinha, lideraram a alta de preços em 2021. Entre os alimentos, o café moído disputou a liderança desse ranking, com aumento superior a 50%.
A demanda do consumidor brasileiro por café cresceu na pandemia e os custos de produção aumentaram devido à alta do dólar, mas o que mais impactou no aumento do preço foi a queda na produção do ano passado, em consequência das variações climáticas dos últimos anos.
A redução do volume colhido já era esperada devido à ocorrência de geadas e à seca prolongada. Porém, um relatório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), divulgado em dezembro, a partir de dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontou que a queda na produção da safra paulista em 2021 foi ainda maior do que indicavam as estimativas.
Terceira posição
São Paulo continua na terceira posição dentre os estados que mais produzem café (8,3% da produção nacional), mas em 2021 a produção foi 35,2% inferior em comparação com o ano anterior. A informação é do portal Agrolink.
A queda na produção de café em algumas regiões foi de cerca de 20% em relação às colheitas de 2020. Dois fatores afetaram a produção: a geada e a seca, cada uma a seu tempo. Contudo, mesmo com a falta de chuvas, a produtividade em 2022 deve se manter igual à do ano passado.
A queda era esperada, já que 2021 foi um ano de safra baixa, em razão da bienalidade da produção de café – um ano de safra maior é seguido de um período de menor produtividade porque os cafeicultores destinam maiores áreas à formação do que à produção -, mas a estiagem trouxe como resultado uma colheita ainda menor.
Apesar de todas essas adversidades, os cafeicultores têm motivos para se animar, pois a Conab tem expectativas bastante positivas para a safra nacional este ano, devido à bienalidade positiva de 2022.
Estimativa
É o que aponta o primeiro levantamento de 2022 divulgado pelo órgão em 18 de janeiro, com uma estimativa que, caso confirmada, representará um aumento de 16,8% na colheita de café este ano em comparação com a 2021: 55,7 milhões de sacas de 60 quilos, a terceira maior safra do grão, abaixo apenas das safras de 2020 e 2018.
No Estado de São Paulo, apesar das variações climáticas de 2021, há perspectiva de melhor produtividade em comparação à safra passada também devido à bienalidade positiva e à recuperação vegetativa dos pés de café.
O levantamento da Conab aponta que a estimativa de colheita da safra paulista será superior a 4,88 milhões de sacas, um crescimento de 21,9% em comparação com o ano passado, quando a produção foi de 4 milhões de sacas. Se forem confirmadas as expectativas, será um ano de importante recuperação do setor cafeeiro no Estado.