Idosos lembram de palavras na hora, após receberem estimulação transcraniana

  • Nene Sanches
  • Publicado em 4 de setembro de 2022 às 20:00
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Os testes foram realizados com envio de correntes elétricas para duas partes do cérebro conhecidas por armazenar e recuperar informações.

A Ciência avança pela qualidade de vida na terceira idade! Agora, uma equipe da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, conseguiu que idosos com comprometimento cognitivo conseguissem se lembrar de palavras imediatamente, após uma estimulação cerebral.

Segundo Masud Husain, professor de neurologia e neurociência cognitiva da Universidade de Oxford, se a terapia serve para palavras, também pode ser utilizada para uma lista de outras coisas. A pesquisa foi publicada pela revista Nature, uma das mais conceituadas do mundo na área de saúde.

Os cientistas descobriram que a estimulação cerebral melhora a memória em idosos a partir dos 65 anos. Os testes foram realizados com envio de correntes elétricas para duas partes do cérebro conhecidas por armazenar e recuperar informações. A Nature Neuroscience diz que este é o primeiro passo para o desenvolvimento de terapias no futuro.

“Houve um efeito aparentemente benéfico na recordação imediata de palavras naqueles com comprometimento cognitivo leve”, disse Tanzi, que também é diretor da unidade de pesquisa em genética e envelhecimento do Massachusetts General Hospital, em Boston.

“Esta descoberta preliminar, mas promissora, garante mais exploração do uso de abordagens bioeletrônicas para distúrbios como a doença de Alzheimer”, acrescentou.

Impulsionando a mudança cerebral

Para a Ciência em um certo ponto no início da idade adulta o cérebro estava fixo, incapaz de crescer ou mudar. Hoje, já se compreende que o nosso cérebro é capaz de plasticidade – a capacidade de reorganizar sua estrutura, funções ou conexões – ao longo da vida.

A estimulação transcraniana de corrente alternada, ou tACS, tenta melhorar a funcionalidade do cérebro com um dispositivo que aplica correntes elétricas ondulatórias a áreas específicas do cérebro por meio de eletrodos no couro cabeludo.

As ondas elétricas podem imitar ou alterar a atividade das ondas cerebrais para estimular o crescimento e, com sorte, alterar a rede neural do cérebro.

Uma versão alternativa que usa campos magnéticos, chamada estimulação magnética transcraniana, ou TMS, é aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA para tratar a depressão.

(Com informações da revista IstoÉ Dinheiro e portal Só Notícia Boa)


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