compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Apesar de ser um grupo de maior renda e em expansão, empresas ainda não priorizam público responsável pela “economia prateada”
Em 2021, cerca de 14,7% da população do Brasil era idosa — ou seja, tinha 60 anos ou mais — segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse número deve aumentar nos próximos anos. Projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, até 2100, a porcentagem de idosos no país subirá para 40,3% da população.
E essa parcela da população também consome.
A agência de relações públicas e marketing norte-americana FleishmanHillard indica que a economia prateada — nome dado em homenagem aos cabelos grisalhos, mais comuns nessa fase da vida — é a terceira maior atividade econômica do mundo, responsável por movimentar US$ 7,1 trilhões anualmente.
No Brasil, a economia prateada gera R$ 1,6 trilhão por ano, segundo números de 2021 . E esse volume continuará aumentando conforme o grupo de no país se expande. Na projeção da FleishmanHillard, até 2060, serão 73 milhões de idosos no Brasil. Para se ter uma ideia, a população brasileira atualmente é estimada em 213 milhões de pessoas.
Apesar de estar caminhando para formar quase a metade da população brasileira e corresponder a quase 20% do consumo do país, especialistas consultados pela CNN Brasil mostram que, quando o assunto é consumo e fidelização, esse grupo ainda é negligenciado como consumidor por marcas e empresas.
Revolução da longevidade
Ainda que representem um mercado trilionário, as marcas não priorizam os consumidores idosos e focam seus esforços de marketings e experiência na Geração Z e nos Millenials (ou seja, aqueles nascidos entre 1980 e 2010), ainda que esses não tenham, necessariamente, maior poder aquisitivo.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstra que, de modo geral, o poder aquisitivo de pessoas com mais de 65 anos é maior. Eles correspondem a 17% da fatia dos 5% mais ricos, enquanto representam 4% da grande fatia de 40% mais pobres.
Em pesquisa feita pela agência FleishmanHillard, 72% dos idosos entrevistados disseram que reconhecem um despreparo nas lojas, e outros 65% disseram que não acreditam na adequação de marcas para atender às suas necessidades. Enquanto isso, 52% afirmaram ter dificuldades para encontrar produtos que atendam suas vontades.
Sem preferência
Um levantamento da PipeSocial com a Hype60+ mostrou que 52% dos idosos entrevistados não são fiéis a nenhuma marca. Com o público acima dos 75 anos, esse número é ainda maior: 74% dizem não ter marca favorita.
Levantamento feito pela Data8, núcleo da Hype50+, mostra que, dos entrevistados com mais de 65 anos, 78% afirma que a internet está presente diariamente em sua rotina. Ainda, 58% do grupo navega pelo universo do e-commerce.