Horário de verão termina à meia-noite deste domingo, 17 de fevereiro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 12:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:23
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Estudos apontaram que, em termos de economia de energia, a medida não tem se mostrado eficiente

Motivo de alegria para uns e de
tristeza para outros, o horário de verão termina à zero hora deste domingo, 17
de fevereiro. Com isso, os relógios terão que ser atrasados em uma hora
(voltarão para 23h) nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

O horário de verão de 2018 começou no
dia de 04 novembro para moradores de 10 estados e do Distrito Federal. Até
2017, o horário de verão tinha início no terceiro domingo de outubro, mas
atendendo um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então presidente
Michel Temer alterou o início do horário para que não coincidisse com o
primeiro e o segundo turno da eleição.

Viagens

Com o fim do horário de verão, é
comum a confusão nos primeiros dias, por isso, a Associação Brasileira das
Empresas Aéreas (Abear) emitiu um comunicado alertando passageiros para que
fiquem atentos aos horários nos bilhetes aéreos. Vale o que está escrito no
bilhete, pois eles são emitidos conforme a hora local vigente na data da
viagem.

Segundo a entidade, a informação da
partida se refere ao horário na cidade de origem e a da chegada ao horário da
cidade de destino. Dessa forma, os bilhetes emitidos sempre consideram, além
das diferenças de fuso, as diferenças resultantes do início ou fim do horário
de verão.

Em caso de dúvida, os passageiros
devem buscar informações no site da companhia aérea ou por meio dos
canais de atendimento telefônico.

Celulares

As operadoras de telefonia alteram
automaticamente os relógios dos aparelhos celulares. Mas o usuário deve ficar
atento se a alteração foi de fato realizada.

Horário
de verão em 2019

Este ano, a adoção do horário de
verão ainda é uma incógnita, e cabe ao presidente Jair Bolsonaro decidir. 

No ano passado, estudos da Secretaria
de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria
com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em termos de
economia de energia, a medida não tem sido eficiente, já que os resultados
alcançados foram próximos à “neutralidade”.

O horário de verão foi criado no país
com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no
período mais quente do ano. “A aplicação da hora de verão, nos
dias de hoje, não agrega benefícios para os consumidores de energia elétrica,
nem tampouco em relação à demanda máxima do sistema elétrico brasileiro, muito
em função da mudança evolutiva dos hábitos de consumo e também da atual
configuração sistêmica do setor elétrico brasileiro”, destaca o documento
enviado à Casa Civil.

Segundo a assessoria do MME, não há
previsão de balanço sobre os resultados obtidos com o horário de verão de 2018.
“Serão realizadas novas análises anuais técnicas dos resultados do ciclo
2018/2019 e, quando concluídas, serão encaminhadas à Presidência da República, a
quem cabe a decisão de manter ou não o horário brasileiro de verão”, informou a
assessoria do MME.

No Distrito Federal, região onde o
consumo, per capita, de energia residencial é o maior do país, desta
vez, o horário de verão registrou, segundo a Companhia Energética de Brasília
(CEB), redução de 2,7% da demanda diária por energia no horário de pico, ou
30MW.

De acordo com o diretor de
distribuição da CEB, Dalmo Rebello, é como se a energia de uma cidade como o
Guará, localizada a 12 quilômetros do centro da capital federal, com cerca de
126 mil habitantes, fosse desligada nesse período no horário de pico. O
especialista acrescenta que o horário de verão é importante para que o sistema,
que nessa época, tem a demanda aumentada pelas altas temperaturas, não tenha
uma sobrecarga.


+ Cotidiano