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Em quatro anos, ele já doou 6 mil caminhas e o objetivo é continuar doando mais. Tudo sempre de graça, sem cobrar nada
O que você faz nas suas horas vagas?
Usando pneus, um morador do litoral do Paraná começou a fazer caminhas para pets e as doações deram tão certo, que subiu a Serra.
Em quatro anos, já doou 6 mil caminhas e o objetivo é continuar doando mais. Tudo sempre de graça, sem cobrar nada. O que ele ganha com isso? A gratidão dos animais.
Morador de Pontal do Paraná, Ismael Gervazi Plantes, de 54 anos, é funcionário público no litoral. Ele conta que começou a fazer as caminhas em 2019, por uma necessidade dos pets de estimação que ele tem.
“Estava na minha casa num dia chuvoso, olhei meus cachorros com frio e achei uma maneira. Olhei na internet, vi uma ideia de uma caminha de pneu, fui aprender a cortar, fiz para eles e acabei fazendo para amigos que me pediram”, conta Ismael Gervazi Plantes.
Tudo doação
De lá pra cá, dando utilidade a pneus usados que já não poderiam ser aproveitados nos veículos, Ismael já fez mais de seis mil caminhas. E não aceita dinheiro de ninguém, é tudo sempre doação.
“Não pego dinheiro na minha mão. As despesas de viagens que tenho feito são todas por minha conta. Ganho parafusos de alguns amigos, ganho resto de tinta de outros, faço tudo voluntariamente por amor aos animais e é uma terapia pra mim no dia a dia. Saio do meu serviço e, dia sim, dia não, saio catando os pneus nas borracharias”, explica Ismael.
Doações subiram a Serra
Segundo o portal Banda B, no começo, Ismael doava as caminhas apenas para moradores do litoral ou quem estivesse na região. Apesar disso, seu objetivo sempre foi subir a serra e doar para o máximo de pessoas que conseguisse.
“Eu tinha uma carretinha que conseguia levar 40 caminhas, mas pedi na rede social ajuda e consegui comprar uma carretinha maior, agora consigo levar até 100 caminhas, e comecei a subir a Serra”, diz.
Fala do benemérito
“Deixo à disposição para quem quiser levar. E se ONG me procura, eu faço e eles vêm buscar aqui no litoral, faço com a maior vontade. O povo humilde, ou de classe média, pega as doações e o mais bonito é ver as pessoas não acreditam quando falo que é de graça, tem gente que até se assusta quando falo que é doação, que pode levar quantas quiser”.
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