Hoje é o Dia Mundial do Diabetes: especialista explica sobre doença

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 14 de novembro de 2020 às 09:48
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 08:22
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Há uma influência genética no diabetes tipo 1 e no diabetes tipo 2, com fatores de risco

A diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz

Por meio de dados fornecidos pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), em todo mundo, mais de 300 milhões de pessoas têm a doença e um alto percentual vive em países em desenvolvimento. 

Atualmente, no Brasil, há mais 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população.  “A enfermagem no cuidado dos pacientes com diabetes” será tema do Dia Mundial do Diabetes 2020.

Com a temática “Enfermagem”, escolhida pela International Diabetes Federation (IDF), o Dia Mundial do Diabetes 2020 vai abordar como os enfermeiros fazem a diferença na vida das pessoas acometidas pela doença. 

O tema visa alertar sobre  o papel do enfermeiro na luta pela prevenção e pelo diagnóstico precoce do diabetes e/ou de suas complicações agudas e crônicas. 

Jaqueline Pais, endocrinologista,  explica que a diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz (esse hormônio controla o nível de glicose no sangue).

“Como resultado, o nível de glicose no sangue fica alto. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Existe o diabetes tipo 1, em que o sistema imunológico destrói as células beta do pâncreas, e aí pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Esse tipo de diabetes  representa 5-10% do total de pessoas  com a doença e aparece geralmente em crianças e adolescentes. Já o diabetes tipo 2 é o mais comum, no qual o indivíduo não produz insulina suficiente ou não consegue usá-la de forma adequada, e se manifesta mais frequentemente em adultos”, esclarece. 

Dentre os fatores de risco,  a profissional do Hospital Icaraí ressalta que há uma influência genética no diabetes tipo 1 e no diabetes tipo 2, com fatores de risco, como pressão alta, obesidade, histórico familiar de diabetes, colesterol e/ou triglicerídeos altos, apneia do sono, etc.

“O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, com pelo menos 8h de jejum. Se o exame vier maior que 100 mg/dL, deve ser feita a curva glicêmica , em que é utilizado um xarope de glicose”, afirma Jaqueline, acrescentando que o tratamento inclui a dieta, exercícios físicos e medicamentos,  que devem ser prescritos pelo médico, que saberá o melhor remédio de acordo com o perfil do paciente.

A endocrinologista ainda salienta que os critérios para o diagnóstico de diabetes são: Hhemoglobina glicada ≥ 6,5% – ou – ;  glicemia de jejum ≥ 126mg/dL – ou -; glicemia pós-prandial de duas horas ≥ 200mg/dL no teste de tolerância à glicose. – ou – ; e glicemia ao acaso (em qualquer horário) ≥ 200mg/dL em pacientes sintomáticos (poliúria, polidipsia e perda de peso).


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