Hidroxicloroquina afeta o DNA e pode causar câncer, diz estudo

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 7 de agosto de 2021 às 17:30
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A hidroxicloroquina é uma medicação que está sendo muito comentada desde o início da pandemia do novo coronavírus

cloroquina

Hidroxicloroquina vem sendo muito comentada desde o início da pandemia

 

A hidroxicloroquina é uma medicação que está sendo muito comentada desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Isso pelo fato de membros do governo indicarem o uso do remédio para prevenção da Covid-19. No entanto, não existe nenhuma comprovação da eficácia da substância para esse fim.

A grande adesão da população ao remédio fez com que ele, inclusive, se esgotasse em diversas farmácias do país.

Desde então, estudos vêm sendo realizados para averiguar com mais precisão os efeitos colaterais do uso da substância, popularmente chamada de cloroquina.

A revista de artigos médicos DNA Repair publicará um texto no qual afirma que o uso desta medicação, mesmo sob aval clínico, pode causar mudanças no DNA, assim como o aparecimento de câncer.

No resumo exposto pela publicação, eles alegam que a hidroxicloroquina tem um conteúdo tóxico que pode provocar mudanças no genoma de mamíferos.

Isto é, esse tipo de mutação genética é prejudicial ao organismo e pode dar espaço para o surgimento, além do câncer, de outras doenças crônicas.

É a primeira vez que publicam algo do tipo sobre o medicamento e é uma notícia de relevância científica.

Testes realizados

As doses de cloroquina foram administradas em células embrionárias de camundongos, utilizando dosagens semelhantes às que são receitadas em consultórios médicos.

E esses estudos não param por aí, já que agora é preciso testar esses resultados em genomas humanos, visto que as espécies respondem de formas distintas aos tratamentos químicos.

Essa nova avaliação é fundamental para comprovações eficazes em relação ao DNA humano.

O uso da cloroquina também vem sendo associado à cardiotoxicidade, complicações oftalmológicas e problemas gastrointestinais.

Mas os cientistas responsáveis pela pesquisa dizem que, mesmo com as novas descobertas, a cloroquina pode continuar sendo usada em tratamentos nos quais ela se faz necessária.

A hidroxicloroquina e o novo coronavírus

Muita gente nunca tinha ouvido falar da hidroxicloroquina antes de a pandemia romper aqui no Brasil.

O remédio é específico para alguns tratamentos, por exemplo, contra a malária, o lúpus, a amebíase hepática e a artrite reumatoide.

Desde o segundo semestre de 2020, autoridades médicas de diversos lugares do mundo vêm alertando para o uso indevido da cloroquina contra a Covid-19, para a qual não existe nenhum tipo de tratamento precoce.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já afirmou que, além de a substância não diminuir a letalidade, ainda pode provocar efeitos colaterais, tais como náusea e dor de cabeça.

Do mesmo modo, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) também nega os benefícios do remédio em casos do novo coronavírus.

*Informações Revista Seleções


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