Há 24 anos, Brasil perdia o grande maestro e ícone da bossa nova, Tom Jobim

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 18:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:13
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Um dos maiores expoentes da música brasileira, Tom levou a bossa nova para o mundo em parcerias inesquecíveis

Há 24 anos, em uma fria manhã de 08 de dezembro de
1994, morria em Nova York, aos 67 anos, o músico e maestro carioca Antônio
Carlos Jobim.

Um dos maiores expoentes da música brasileira no
mundo, Tom Jobim superou as barreiras que limitavam a sonoridade do Brasil e
levou a bossa nova como criação nacional, pautada em própria autoria, para o
mundo.

Criado em Ipanema, mas nascido na
Tijuca, Jobim começou a se arriscar nos primeiros acordes sob o comando do
professor alemão Hans Koellreutter.

A tentativa de carreira na arquitetura
logo cedo foi substituída pela certeza da dedicação ao piano, e aos bares e
boates de Copacabana, que na década de 1950 fervilhavam tanto quanto a criação
de Vinicius de Moraes, com o qual se juntou para criar trilha sonora da peça e,
posteriormente, o filme Orfeu da Conceição, ainda em 1953.

Em 1958, com o LP Canção do Amor
Demais, Jobim, ao lado de Vinicius de Moraes e sob interpretação de Elizeth
Cardoso, o carioca apresentava o embrião de melodias e harmonias que daria à
bossa nova um tom próprio e brasileiro. 

A garota mais famosa do Brasil

A atuação de Tom Jobim até o momento
era essencialmente na composição das faixas, mas passou a primeiro plano em
1963, quando apresentou um dos maiores sucessos da sua carreira e da música
brasileira: Garota de Ipanema.

O ritmo símbolo da bossa e a letra
versada sobre a figura feminina que fazia o imaginário da década 1950 ganhou o
mundo.

Em 1964 Garota de Ipanema ganhou o Grammy de música do ano, batendo artistas
como Beatles, Rolling Stones e Elvis Presley. Até o fim da década de 1970, Tom
Jobim havia apresentado clássicos como Samba do avião, Só Danço Samba, Ela é Carioca e O Morro Não Tem Vez.

Ao mesmo tempo em que gravava com
artistas do peso como Frank Sinatra, Oscar Peterson, Ella Fitzgerald, Elis
Regina, Miucha e Edu Lobo, Tom Jobim também brilhava nos festivais de música
das emissoras de tevê brasileiras.

A exposição internacional do carioca o
levou a gravações ao vivo no Canadá, França, Estados Unidos e mais. “Foram parcerias
geniais. Tantos nomes foram atraídos pelo trabalho de Tom que marcaram a
história da música e sempre ficaram na memória”, diz Dicran Berberian,
presidente do clube de Bossa Nova de Brasília.

Entre essas brilhantes parcerias estão Chico
Buarque, Edu Lobo, Vinícius de Moraes, João Gilberto e outros que conseguiram,
junto do maestro, eternizar a bossa nova.

O último trabalho de estúdio de Tom Jobim foi O
tempo e o vento
, em 1985.


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