Governo libera mais R$ 1,2 bilhões para gastos sociais de prefeituras

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de dezembro de 2017 às 17:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:29
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

O repasse da assistência social em 2017 para os municípios brasileiros alcançou o patamar mais alto desde 2011

O governo federal liberou R$ 2,8 bilhões para todas as prefeituras brasileiras neste ano de 2017 para o custeio de atividades na área de assistência social, como o financiamento das unidades de acolhimento. Só nesta última semana, depois da liberação de recursos que estavam bloqueados no Orçamento, foram repassados R$ 1,2 bilhão. 

Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, o repasse da assistência social em 2017 para os municípios brasileiros alcançou o patamar mais alto da série histórica iniciada em 2011. “Conseguimos zerar os passivos deixados pela gestão anterior. Vamos entrar 2018 com as contas em dia,” disse.

Mas, para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a grande preocupação é em relação ao corte que foi feito no orçamento de 2018 para essa área. Segundo ele, o mais prejudicado, como sempre, será o cidadão, que sofrerá com cortes numa área já muito sensibilizada.

Os recursos repassados aos municípios esta semana não compõem as negociações paralelas que o Planalto fez com os prefeitos para a aprovação da reforma da Previdência. O presidente Temer prometeu no meio dessas negociações, ampliar os investimentos nos municípios em R$ 3 bilhões para o 2018, além de um auxílio financeiro de R$ 2 bilhões ainda em 2017.

Receita

Entre novembro e dezembro, a equipe econômica fez dois desbloqueios de despesas do Orçamento, um de R$ 7,5 bilhões e outro de R$ 5 bilhões, anunciado na última quarta-feira, 20 de dezembro. As verbas para a assistência social não são gastos obrigatórios, ou seja, o governo dependia de uma melhora da arrecadação para liberar os recursos. 

Os recursos são basicamente usados em serviços como as unidades de acolhimento, que funcionam como moradia provisória para indivíduos e famílias afastadas temporariamente do seu núcleo e se encontram em situação de abandono ou ameaça. Também vão para os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), uma espécie de porta de entrada da assistência social, e para os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), que oferecem serviços para pessoas com deficiência, idosos e suas famílias e indivíduos em situação de risco. 


+ Economia