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Entidade notifica autoridades e avisa: atendimentos poderão ser suspensos a qualquer momento
O prefeito Gilson de Souza (DEM) gosta de dizer que é o prefeito que mais tem repassado recursos para a Santa Casa de Franca. Ocorre que o prefeito não tem feito esses repasses, mensais, para o Hospital que é base do SUS. A “inadimplência” vem desde março.
O último pagamento foi em fevereiro. Mesmo tendo as leis aprovadas pela Câmara, Gilson de Souza não realizou os pagamentos de março, abril e maio.
A situação na entidade é complicada.
São valores relevantes, de fato, R$ 1,25 milhão todos os meses, desde o ano passado, o que no caso do não-repasse totalizaria atualmente R$ 3.750.000 que a SC deixou de receber, o que aos poucos vai inviabilizando sua operação cotidiana.
Ocorre que a saúde é uma obrigação de todos os entes: União, Estado e Município. Logo, é preciso que o poder público, como um todo, pague pela universalidade do Sistema Único de Saúde.
E não se trata de uma atitude heroica, pois o prefeito está pagando por um serviço que atende o município, nada mais que isso.
Assim como os governos Federal e do Estado de São Paulo são corresponsáveis.
VEJA O QUE O HOSPITAL
“Em virtude deste cenário, a situação financeira da Santa Casa encontra-se precária, com atrasos junto aos fornecedores, sendo que a ausência dos pagamentos, até o próximo dia 25, afetará diretamente nos atendimentos da população usuária do SUS, que ficará desassistida”, diz ofício assinado pelo presidente, José Chimionato.
O ofício foi endereçado ao prefeito Gilson de Souza; ao DRS; ao promotor de Justiça, Eduardo Tostes; ao presidente da Câmara, Donizete da Farmácia; ao secretário de Saúde, Rodolfo Moraes; a Carlos Riad, delegado superintendente do Cremesp de Franca, e a Clóvis Plácido Barbosa, presidente do Conselho Municipal de Saúde.
A situação da entidade é tão ruim que, se não houver o repasse até o dia 25, os atendimentos de urgência e emergência ficarão comprometidos, o que atingirá em cheio a população de Franca, que tem a Santa Casa como referência em atendimentos de média e alta complexidade, chegando ainda o problema a mais de duas dezenas de municípios que fazem parte da DRS e também dependem dos atendimentos.
Até agora, nenhuma das autoridades notificadas se manifestou oficialmente sobre o assunto.