Gal Costa morre depois de passar por cirurgia para retirar um nódulo do nariz

  • Nene Sanches
  • Publicado em 9 de novembro de 2022 às 12:30
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Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e tinha turnê na Europa em novembro, que foi cancelada por causa da cirurgia

Gal Costa no show ‘A pele do futuro’ (Foto: Mauro Ferreira / G1)

Gal Costa morreu aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da cantora e publicada pelo portal G1. Ela havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi uma das maiores cantoras da história da música brasileira.

Ela estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de mel” são algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro, mas que também foi cancelada por conta da cirurgia.

Maria da Graça

Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos em Salvador, capital da Bahia, Gal Costa sempre foi incentivada pela mãe a seguir carreira na música.

De acordo com a Folha de S.Paulo, Gal trabalhou como balconista de uma loja de discos em sua cidade natal, onde conta ter conhecido a obra de João Gilberto.

Gostava de cantar e tocar violão em festas. No início dos anos 1960, foi apresentada a Caetano Veloso, encontro a partir do qual foi criado um vínculo pessoal a artístico que perduraria até sua morte.

Gal foi uma revolução das vozes e dos costumes na música brasileira desde seu surgimento na cena nacional, nessa mesma década.

Doces Bárbaros

Aproximou-se ainda adolescente dos também baianos Maria Bethânia e Gilberto Gil, além de Caetano, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros, responsável mais tarde por um disco definidor da contracultura da década de 1970.

Também foi nessa época que se aproximou de Tom Zé, outro baiano com quem firmou parcerias.

Com os amigos, inaugurou o teatro Vila Velha, em Salvador, com o show “Nós, Por Exemplo”. Em 1965, o grupo viajou a São Paulo para apresentar os espetáculos “Arena Canta Bahia” e “Em Tempo de Guerra”, dirigidos por Augusto Boal.

Tinha ainda pouco mais de 20 anos quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, pedra fundamental do movimento tropicalista.

Logo depois, em 1971, foi responsável por um dos espetáculos de maior repercussão da história da MPB, “Fa-Tal”, dirigido por Waly Salomão, que viraria também um álbum cultuado.

Assista ao vídeo de uma apresentação ao vivo

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