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Jair Ventura volta a ver seu time sofrer sem um meia criativo e camisa 10 dá sinais de que pode ajudar mais
Depois de boa vitória contra o Ceará, na estreia do Campeonato Brasileiro, o técnico Jair Ventura avisou que pretendia criar um padrão e repetir a escalação do Santos.
O problema é que logo no jogo seguinte, na derrota para o Bahia, o Peixe já apresentou imensas dificuldades de criação no meio-campo.
Escalado desde o começo da temporada como centroavante, Gabigol parece sofrer com a posição, já que busca a bola longe da área o tempo todo e não recebe a mesma em boas condições para finalizar – o Menino da Vila está há oito jogos sem balançar as redes.
Contra o Bahia, o camisa 10 foi mais um articulador de jogadas do que um finalizador nato, como deve ser um “9” de ofício. Com Jean Mota apagado no meio-campo, foi de Gabigol cruzamento de fora da área para cabeçada perigosa de Léo Cittadini e foi dele também passe para Rodrygo, que poderia ter chutado, mas demorou e desperdiçou o bom lance. Fora da área, Gabriel parece render mais. Em Salvador, finalizou uma vez de dentro da área.
Contando com o fato de que Bruno Henrique está novamente à disposição do treinador, repensar a formação do ataque pode ser construtivo ao Peixe, já que Gabigol não está rendendo na função que lhe foi incumbida.
Pensando em um possível Santos com quatro atacantes, o camisa 10 poderia ser um dos homens a jogar mais recuado, na construção dos lances, para participar mais das jogadas, seguindo solto no ataque, mas sem a obrigação de fazer o pivô.
Jair Ventura já havia dito que faltava ainda ao camisa 10 se adaptar a alguns detalhes da posição. Para o treinador, o centroavante não precisa participar o tempo todo da partida e nem ficar recuando para tocar na bola sempre. Participa apenas de lances pontuais e decisivos. O problema é que Gabigol não parece estar disposto a “ficar quieto”.
No atual 4-1-4-1 do Peixe, parece render mais na primeira linha de ataque do que isolado na segunda. Eduardo Sasha, justamente contra o Estudiantes, próximo rival do Alvinegro, chegou a fazer o papel de centroavante, já que o camisa 10 cumpria suspensão automática. Na ocasião, o Peixe conquistou importante vitória por 1 a 0. Já o jovem Rodrygo, de 17 anos, já chegou a ser o escolhido para jogar quase como um meia, quando o Peixe teve quatro atacantes.
De concreto apenas que a busca por um meio-campo criativo está longe de acabar no Santos. Jair segue sem seu “titular absoluto” no setor e, jogo a jogo, terá de encontrar soluções para o problema.