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O comportamento pode demonstrar medo, raiva, dor ou antecipar uma possível fuga. Saiba o que fazer!
Provavelmente você já deve ter se assustado com um gato rosnando e mostrando os dentes
Se você já cruzou com algum gato arisco, provavelmente se assustou ao vê-lo mostrando os dentes.
Mesmo os mais fofos e dóceis dos bichanos, quando se sentem ameaçados, afloram seus instintos para tentar se proteger.
Em vida livre, o rosnado, também conhecido como “fuu”, seria um dos artifícios usados para afastar seus predadores. Ele também pode representar raiva, dor ou antecipar um possível ataque ou fuga.
Fernando Bento, médico-veterinário do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, tranquiliza ao dizer que felinos domésticos, por natureza, evitam ao máximo o combate.
Sendo assim, nem sempre o rosnando será seguido de um ato agressivo, porém, poderá acontecer se os humanos “passarem dos limites”.
“Não é preciso ter medo, basta avaliar a situação e tentar compreender o motivo do desagrado para manejar de forma correta e minimizar o estresse. Entender o motivo é a chave para evitar novos eventos e melhorar o bem-estar do animal”, indica.
O “fuu” nada mais é do que uma tentativa de se afastar do perigo, por isso, se aproximar do animal neste momento não é recomendado. Se você tentar fazer carinho ou até mesmo dar uma bronca, pode ser que a situação piore e ele se sinta ainda mais ameaçado.
“O gatilho pode ter acontecido a partir de um objeto, uma pessoa ou outro animal. Para mudar este sentimento, exponha-o pouco a pouco e dê recompensas quando ficar calmo, como petiscos ou brinquedos”, sugere Rana Rached, gestora do curso de Medicina Veternária da USCS.
Os veterinários concordam que a melhor forma de diminuir este comportamento é promovendo ambientes onde os bichanos se sintam confortáveis.
Neste caso, o enriquecimento ambiental é uma ótima ferramenta para adequar o local às suas necessidades.
As famosas gatificações fazem sucesso entre os felinos – adicione arranhadores, toca e caixas nos espaços onde o bicho tem acesso. Estes acessórios trazem conforto e os fazem se sentir no controle da situação.
Em fases de adaptação, como na chegada de um novo membro ou em uma mudança brusca de rotina, por exemplo, a chance dos picos de estresse surgirem com mais frequência é maior.
“Devemos lembrar que mesmo sendo um felino – um predador natural – os gatos também são prezas no habitat, pelo seu tamanho diminuto. Som alto, grandes movimentações e o sentimento de insegurança os fazem sentir-se vulneráveis e amedrontados, elevando a ansiedade”, adiciona Fernando.
Rana complementa, indicando realizar a introdução do novo membro de forma gradual, para que o gato não se sinta invadido em seu território.
“A ajuda de um profissional especialista em comportamento animal será fundamental para evitar o estresse tanto do gato, quanto do novo pet, tornando o ambiente amigável para ambos e incentivando uma convivência saudável”, finaliza.
*Informações Revista Casa e Jardim