Funcionários dos Correios de Franca e região vão parar a partir do dia 18

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 11 de agosto de 2020 às 07:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:05
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A categoria protesta contra o acordo coletivo de trabalho oferecido pela estatal no país

Entre os principais pontos de reivindicação estão a retirada de 70 direitos do atual Acordo Coletivo, com vigência de dois anos (até 2021)

Funcionários dos Correios de Franca e região, liderados pelo Sindicato da Categoria – estabelecido em Ribeirão Preto, através de seu diretor Rogério Rezende Corona, anunciou que a partir do dia 18 é possível que os trabalhadores decretem greve por tempo indeterminado.

O movimento na região será composto com outras regiões somando mais de 100 mil trabalhadores dos Correios em todo o Brasil. A greve será por tempo indeterminado a partir da noite do dia 18 de agosto.

A categoria protesta contra o acordo coletivo de trabalho oferecido pela estatal. Uma nova assembleia no dia 16 deverá oficializar a paralisação das atividades. ⁠

A greve foi definida em reuniões realizadas pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e outras entidades da categoria.

Entre os principais pontos de reivindicação estão a retirada de 70 direitos do atual Acordo Coletivo, com vigência de dois anos (até 2021), como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio creche, entre muitos outros.

Segundo a estatal, a mudança dos benefícios está de acordo com o estabelecido pela CLT. O pacote prevê uma redução de R$ 600 milhões por ano dos cofres públicos

O sindicato reclama também das condições de trabalho. “Empresa não promove concurso público para garantir o funcionamento adequado dos Correios, e expõe a vida dos trabalhadores e clientes.

Apesar de alegarem gastos vultuosos com equipamentos de segurança, em muitas agências, principalmente no interior do país, esse material nunca apareceu”, afirmou a Fentect em nota.

Privatização

O movimento ocorre em meio à pressão para a privatização da estatal.

Em junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os Correios devem entrar na lista de vendas do governo federal para este ano, que ainda inclui a Eletrobrás, o Porto de Santos e a Pré-Sal Petróleo.

Para privatizar os Correios como um todo seria preciso aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com apoio de três quintos dos parlamentares na Câmara e Senado, em dois turnos. Com um grande passivo trabalhista, a empresa tem mais de 100 mil empregados.



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