Francanos presos junto com índios durante pesca ilegal no Mato Grosso

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de junho de 2018 às 08:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:48
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Foram apreendidos mais de 110 kg de pescado irregular, barcos e diversas varas com francanos

Uma situação de pesca ilegal envolvendo indígenas e turistas de São Paulo, na região do Parque Nacional do Xingu, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, foi flagrada por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com o Ibama, o flagrante ocorreu em uma operação que começou no final de semana e se encerra nesta segunda-feira (11).

Durante a fiscalização, descendo pelo rio Xingu, a equipe se deparou com uma embarcação saindo da aldeia da Pedra, na porção sul do Parque Nacional do Xingu. O barco estava com materiais de pesca e levava dois turistas e um cacique da aldeia.

A embarcação foi agenciada por uma empresa hoteleira na região.

Eles foram conduzidos para uma praia do outro lado do rio e questionados sobre a existência de documentação necessária para a prática da pesca. O indígena disse que tinha autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai), inclusive documentos, mas não apresentou nenhum papel.

Durante a entrevista, outro indígena atravessou o rio para tirar satisfações com a equipe. Ele disse aos fiscais que não havia nada de errado, que a equipe deveria parar de fazer o flagrante e seguir para o interior da aldeia com eles. 

Família e turistas

Na mesma operação, uma família foi flagrada pescando em uma fazenda que fica no interior da Terra Indígena Pequizal do Naruvôtu, e também foi autuada, tendo os materiais de pesca apreendidos.

Já fora da área protegida, turistas de Franca (SP) e Serrana (SP), e funcionários de uma empresa foram autuados por usarem rede e por pescar peixes fora de medida.

Em toda operação foram apreendidos mais de 110 kg de pescado irregular, três barcos, três motores de popa, um freezer e diversas varas. As multas ultrapassaram R$ 60 mil na região da terra indígena.


+ Meio Ambiente