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Foram apreendidos mais de 110 kg de pescado irregular, barcos e diversas varas com francanos
Uma situação de pesca ilegal envolvendo indígenas e turistas de São Paulo, na região do Parque Nacional do Xingu, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, foi flagrada por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com o Ibama, o flagrante ocorreu em uma operação que começou no final de semana e se encerra nesta segunda-feira (11).
Durante a fiscalização, descendo pelo rio Xingu, a equipe se deparou com uma embarcação saindo da aldeia da Pedra, na porção sul do Parque Nacional do Xingu. O barco estava com materiais de pesca e levava dois turistas e um cacique da aldeia.
A embarcação foi agenciada por uma empresa hoteleira na região.
Eles foram conduzidos para uma praia do outro lado do rio e questionados sobre a existência de documentação necessária para a prática da pesca. O indígena disse que tinha autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai), inclusive documentos, mas não apresentou nenhum papel.
Durante a entrevista, outro indígena atravessou o rio para tirar satisfações com a equipe. Ele disse aos fiscais que não havia nada de errado, que a equipe deveria parar de fazer o flagrante e seguir para o interior da aldeia com eles.
Família e turistas
Na mesma operação, uma família foi flagrada pescando em uma fazenda que fica no interior da Terra Indígena Pequizal do Naruvôtu, e também foi autuada, tendo os materiais de pesca apreendidos.
Já fora da área protegida, turistas de Franca (SP) e Serrana (SP), e funcionários de uma empresa foram autuados por usarem rede e por pescar peixes fora de medida.
Em toda operação foram apreendidos mais de 110 kg de pescado irregular, três barcos, três motores de popa, um freezer e diversas varas. As multas ultrapassaram R$ 60 mil na região da terra indígena.