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Franca só perde para Santos em proporção de motoristas habilitados, empatando com Rio Preto, Marília, Presidente Prudente, e Barretos
Números do Detran.SP mostram que Franca é a segunda cidade do Estado com mais motoristas em proporção à população
Com 230.691 condutores habilitados de uma população de 358.539 habitantes, Franca é a segunda cidade do Estado de São Paulo a ter mais motoristas, proporcionalmente, à frente de muitas cidades maiores.
A cidade de Santos tem 72% de sua população habilitada (315.820 condutores de um total de 433.991 habitantes) e aparece na frente de todas as outras cidades paulistas.
Os municípios de São José do Rio Preto, Marília, Presidente Prudente e Barretos possuem 64% de sua população com CNHs registradas no Detran.SP.
Campinas, com 1,2 milhão de habitantes, tem 776.691 condutores (63%).
O município de São Paulo possui uma população de 12,4 milhões (dados do IBGE) e 6,2 milhões de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) registradas, que representa 50% da população habilitada.
Registros
Dos 46,6 milhões de cidadãos paulistas, 25,9 milhões possuem CNHs registradas no Departamento de Trânsito.
O número representa 55% do total de cidadãos habilitados na comparação com a população do Estado de São Paulo. O levantamento foi realizado com base nos dados de julho de 2021.
“Esses números revelam o impacto que um sistema de transporte coletivo integrado, como o que existe na capital, exerce sobre a utilização do veículo particular no cotidiano dos cidadãos”, afirma o presidente do Detran.SP, Neto Mascellani.
Mas por que as cidades do interior paulista possuem um número maior de cidadãos habilitados?
Dispersão
Segundo o arquiteto e professor de Planejamento Urbano da PUC-Campinas, Thiago Amim, a dispersão urbana de cidades menos adensadas e mais espalhadas do que a capital acarreta em uma procura maior pelas habilitações e, consequentemente, a utilização de veículos particulares.
O desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo e de sua densidade populacional viabiliza a utilização de mais transportes públicos como linhas de trem, metrô e ônibus.
No interior, a verticalização dos municípios e a dispersão dos habitantes em áreas maiores e mais distantes, dificulta uma caminhada a pé ou a utilização de um transporte público, que leva muito mais tempo do que uma viagem de carro ou moto.
Movimento pendular
“Além disso, muitas cidades são circundadas por rodovias o que motiva também a procura pela habilitação”, ressalta Amim.
O professor destaca outro ponto que envolve a procura pela CNH: o chamado “movimento pendular”, que é realizado normalmente por pessoas que viajam de um município para o outro diariamente e voltam para sua cidade no fim do dia para dormir.
“No interior há a necessidade de um deslocamento maior sem tantas opções de transporte público como na capital. Isso também reflete na busca pela habilitação”, finaliza.