Franca sedia encontro de empresas calçadistas com foco na sustentabilidade ambiental

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 7 de novembro de 2022 às 16:00
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Cadeia do calçado é tema de encontro em Franca e Jaú

Cadeia do calçado é tema de encontro em Franca e Jaú

A sustentabilidade na cadeia produtiva do calçado foi tema de encontro realizado pelo Origem Sustentável nos polos calçadistas de Franca e Jaú, em São Paulo, nos dias 25 e 26 de outubro, respectivamente.

O encontro, que já havia sido realizado em três edições ao longo de 2022, em Campo Bom/RS (junho), Birigui/SP (julho) e Nova Serrana/MG (agosto), tem o objetivo de sensibilizar a cadeia produtiva do calçado para a importância da sustentabilidade nos seus pilares ambiental, econômico, social e cultural.

A primeira parada foi no na sede do Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca (Sindifranca), em Franca, no dia 25. O encontro, que reuniu mais de 50 calçadistas e fornecedores de materiais do polo calçadista, contou com painel com lideranças das empresas locais Democrata, Tip Toey Joey, Lev Termoplásticos e Stickfran. O painel foi mediado por Marco Schmitt, da Boxprint, e teve participação de Silvana Dilly (Assintecal) e Haroldo Ferreira (Abicalçados).

Na oportunidade, o diretor da Democrata, Marcelo Paludetto, destacou que a empresa possui grande fatia das suas exportações para a Europa, mercado que exige produtos sustentáveis.

“Para entrar no mercado internacional, a sustentabilidade é uma premissa básica. Não se exporta para Estados Unidos e Europa sem mostrarmos o que estamos fazendo no ESG e por isso o programa Origem Sustentável é muito importante, porque ele sistematiza muitos processos e ações que já realizamos na empresa e ajuda a comunicar isso ao mercado”, comentou.

Na sequência, no dia 26, o encontro aconteceu em Jaú, na sede do Sindicato das Indústrias de Calçados de Jaú (Sindicalçados).

Recebendo mais de 60 pessoas, o evento contou com painel que reuniu Cisso Klaus (Arezzo&Co), Giovanna Mott (Mariotta) e Luiz Felipe Rodomonte (Spikes).

“Precisamos trabalhar a questão da sustentabilidade em todas as suas dimensões (ambiental, econômica, social e cultura). Especificamente na social, penso que temos muito a fazer. Nós, do grupo Arezzo, estamos com um olhar muito voltado para esses indicadores, que é uma exigência do mercado internacional. Na dimensão ambiental, estamos ancorados nas leis brasileiras. O fato é que a empresa que não estiver adequada aos indicadores de ESG estará fora do mercado, já não é um diferencial”, disse o diretor da Arezzo&Co, Cisso Klaus.

Desmistificando a sustentabilidade

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que o evento ajudou a desmistificar a sustentabilidade. “Quando falamos em sustentabilidade não estamos abordando apenas os aspectos ambientais. Estamos falando de um conjunto de ações que levam em consideração direitos humanos, sociedade, economia e cultura”, destaca. Segundo ele, além da sustentabilidade ser uma exigência de mercado, ela pode ajudar na competitividade por meio da redução de custos e organização de processos produtivos.

A superintendente da Assintecal, Silvana Dilly, ressalta que os encontros corroboram o fato de que os polos calçadistas estão dando cada vez mais atenção para os aspectos de ESG. “O papel das associações é incentivar a sustentabilidade e a certificação do Origem Sustentável, como forma de comunicar ao mercado que somos o setor mais sustentável do mundo”, afirma.


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