Franca e cidades da região têm umidade menor ou igual à de desertos como o Saara

  • Robson Leite
  • Publicado em 4 de setembro de 2024 às 18:00
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Em meio à pior seca da história recente e de uma onda de calor, a umidade do ar evaporou e levou cidades a índices alarmantes

Com o tempo seco e as altas temperaturas, está difícil respirar no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao menos 244 cidades registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara nesta terça-feira (3), e a previsão é de que nesta quarta-feira (4) os índices possam ser ainda piores.

Dentre as cidades da região nessa situação estão Franca, com 16%, Ituverava, com 10%, Barretos, Passos, Sacramento, Araxá.

O mês de setembro, o último do inverno, começou com uma onda de calor que fez subir as temperaturas.

Nesta terça-feira, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as máximas chegaram aos 40°C. No interior de São Paulo e Minas Gerais, as cidades chegaram a 39°C.

A subida do termômetro levou especialistas a debaterem até mesmo se o Brasil é o país mais quente do mundo nesta semana.

Níveis de desertos

O calor se somou à seca, a maior e mais extensa já enfrentada pelo país, com cidades sem chuva há mais de cem dias. A falta de chuva e a alta temperatura faz com que a umidade, literalmente, evapore, chegando a níveis desérticos.

No deserto do Saara, por exemplo, no norte da África, a umidade do ar varia de 14% a 20%. No Brasil, 244 cidades registraram índices menores ou iguais a esse nesta terça-feira.

Segundo o Portal G1 Meio Ambiente, no caso do deserto do Atacama, no Chile, o deserto mais seco do mundo, foi registrada umidade de 5%. Dez cidades no país chegaram próximas desse índice, com 7%.

Os dados são das estações de monitoramento do Inmet, que estão em todas as regiões do país, mas não cobrem todos os municípios do Brasil.


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