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Com tantas ideias para aproveitar esse material, surgem no mercado muitos acessórios originais para a casa
Ela pode ser usada na sala de jantar, no bar da piscina, no quarto das crianças, no home theater, na despensa. Flexível, antialérgica e ecológica, parece ter saído de uma linha de produção fabril específica, produzida com tecnologia industrial. Mas não. Extraída da casca de uma árvore chamada “sobreiro”, a cortiça – que deixou de lado apenas o seu uso inicial, que é ser transformada em rolha para fechar bons vinhos – tem se mostrado uma excelente escolha quando a intenção é aliar ambientes com requinte a um material naturalmente elegante. “As utilidades da cortiça, aliás, combinam com suas possibilidades de usos e formatos. Aglomerada, em blocos de diversas espessuras ou em tons diferentes, essa matéria-prima aceita combinações entre si ou com outros objetos, texturas e materiais”, destaca a arquiteta Celina Queiroz, acrescentando que a cortiça pode casar bem com vidro e argila – na composição de móveis, por exemplo – ou aliada a cerâmicas e metais, na criação de ambientes arrojados e aconchegantes.
“Até mesmo a cortiça bruta, que é a própria casca do sobreiro, é bastante utilizada em ambientes rústicos”, completa. Assim, surgiram poltronas, bancos, mesas, luminárias, porta copos e jogos americanos e outros tantos acessórios originais para a casa. O que não faltam são ideias e possibilidades para aproveitar esse material. “Uma das principais vantagens de optar pelo uso da cortiça em projetos arquitetônicos ou de decoração é que o cliente pode dar um toque de requinte ao ambiente, usando um produto diferenciado, não comum aos materiais popularmente utilizados”, pondera Celina, que completa: “a cortiça tem um apelo estético muito interessante e que não encarece o projeto. Pode ser usada com suas texturas ou em tom natural, inclusive para melhorar a acústica do ambiente. E mais: dependendo da composição que for feita, o resultado final pode ficar diferente e aconchegante”, comenta.
Muitas vantagens
Além das vantagens estéticas, a cortiça ainda traz como propriedades naturais alguns aspectos como impermeabilidade, leveza, resistência e maciez. Outras quatro características também podem fazer diferença na hora de optar pelo derivado do sobreiro: o isolamento térmico proporcionado pela cortiça é capaz de manter a temperatura agradável em qualquer estação do ano; o melhoramento acústico com o uso desse material favorece a redução de ruídos e diminui a transmissão de sons entre ambientes; por fim, a fácil instalação – semelhante ao papel de parede – e a manutenção descomplicada, com o uso apenas de um espanador ou pano úmido, contam bastante. “Para completar, em tempos em que se fala muito em sustentabilidade, a cortiça possui um forte lado ecológico. É que sua extração acontece apenas a cada nove anos, sem a necessidade de cortar a árvore, num processo manual e, portanto, de baixo impacto ambiental. Ou seja, a margem de desperdício e o consumo de recursos energéticos são mínimos”, salienta a arquiteta.
Como se vê, optar pela cortiça pode significar uma série de possibilidades estéticas e funcionais, do rústico ao sofisticado, sem perder o tom – e tudo muito naturalmente.