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Léo Abreu, do Franca, e Gui Abreu, do Pinheiros, têm dificuldade para bater o pai nos arremessos
Léo Abreu, do Franca, e Gui Abreu, do Pinheiros, têm dificuldade para bater o pai nos arremessos
Quando o basquete entra na vida de uma família, as chances do esporte permanecer vivo em outras gerações e um legado se iniciar são boas, afinal, a paixão basqueteira é muito forte.
Filhos seguem o caminho dos pais, irmãos se espelham um no outro, jogam juntos e assim nascem famílias que respiram o basquete.
Esse é o caso dos Abreus: o ex-jogador Edu Mineiro tem dois filhos que vivem o esporte da bola laranja desde o primeiro dia que nasceram: Gui Abreu, do Pinheiros, e Léo Abreu, do Franca.
O primeiro, mais consolidado no basquete brasileiro, está na sua quarta LDB e já possui boa minutagem no NBB. Léo Abreu, três anos mais novo, está na sua segunda LDB e busca mais minutos no adulto do Sesi Franca.
Basquete em família
As brincadeiras em família quando se tem pai e filhos amantes do basquete são inevitáveis. Léo Abreu e seu irmão jogam um contra o outro no tempo livre e recentemente se enfrentaram profissionalmente, no confronto entre Sesi Franca e Pinheiros, válido pelo Campeonato Paulista.
E não foi a primeira vez: os dois já foram campeões estaduais jogando pelo Franca em 2020 – ‘’um sonho realizado’’, segundo Léo. Agora, os dois se preparam para duelarem na Fase Final da LDB, que começa nesta segunda-feira, 27.
Além do popular mano a mano, os dois irmãos têm dificuldades quando enfrentam o pai, principalmente quando o assunto é arremesso:
‘’Minha família é basqueteira. Meu irmão joga profissionalmente, meu pai era jogador. Então desde criança fui criando um amor pelo esporte. Jogamos quando possível e ele ganha geralmente (risos), mas tem vezes que eu ganho também, agora que estou evoluindo meu físico ele não tem tanta vantagem. Uma coisa que ninguém sabe é que nem eu nem ele conseguimos ganhar de lance livre e arremesso de três do meu pai.”
Profissão dos sonhos
Aos 19 anos, o promissor Léo Abreu sempre sonhou em jogar basquete profissionalmente e atualmente passa pelo processo de transição da base para o profissional.
Com a minutagem que o atleta vem recebendo na LDB, essa fase de transição se reflete também na posição em que o francano prefere jogar: acostumado com a atuar de ala/armador, Léo Abreu diz estar pegando gosto pela posição de armador.
‘’Essa LDB está sendo muito importante pra ganhar minutos e rodagem. No momento, estou numa transição de mudança de posição, de 2 (ala/armador) para 1 (armador). Sempre joguei de 2, mas comecei a pegar o gosto de colocar o time pra jogar, dar mais assistências, estou começando a me encontrar no jogo e a LDB me deu um suporte enorme para isso’’, comentou o francano.
Valtinho
O apreço pela posição de armador veio durante a pandemia, após Léo Abreu começar a treinar com seu padrinho, o Maestro Valtinho, um dos maiores armadores da história do basquete brasileiro.
Elinho Corazza, hoje no São Paulo, é outro jogador que atua como armador e, com sua experiência na posição, vem auxiliando o jovem jogador nesse processo. Os dois já atuaram juntos pelo Franca
‘’Acho que ninguém sabe, mas sou afilhado do Valtinho. Nessa pandemia treinei bastante com ele. É o melhor armador da história do Brasil, então não tinha técnico melhor’’, disse.
E completou: ‘’Um parceiro fora e dentro da quadra também é o Elinho, que me ajudou bastante nessa transição… sempre me dando toques, em questão de visão de jogo e olhar para os armadores, são nesses dois que eu me espelho.’’, completou Léo Abreu.
Crescimento
Ainda no começo da carreira, Léo prega humildade e quer evoluir seu nível gradativamente, sem pular etapas.
O jovem jogador tem como maior sonho jogar pela Seleção Brasileira, mas para isso, quer primeiro conquistar seu espaço no basquete brasileiro:
‘’Sempre tive o sonho de ser jogador e nunca pensei em outra coisa. Faço faculdade de engenharia de produção como uma segunda opção, mas penso em seguir na profissão só depois que parar de jogar e aposentar. Temos total apoio em Franca. Quero pensar passo a passo, primeiramente quero me tornar profissional, depois me tornar um jogador importante nacionalmente e meu sonho é pegar Seleção Brasileira. E assim vamos, de passinho em passinho a gente chega lá’’.
Decisão
O Sesi Franca, de Léo Abreu, volta às quadras da Liga de Desenvolvimento de Basquete nesta segunda-feira, 27, contra o Corinthians, no Ginásio do Paulistano, às 20H15. Já o Pinheiros, de Gui Abreu, enfrenta o Rio Claro, também na segunda, às 13h30.
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