Fifa suspende atacante Rony, jogador do Palmeiras, por 4 meses

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 13 de julho de 2020 às 15:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:58
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Por causa da decisão, o Athletico do Paraná não poderá registrar atletas por duas janelas de transferências

Rony, atacante do Palmeiras, durante treinamento físico na Academia

Em função de uma antiga ação judicial do Albirex Niigata, do Japão, a Câmara de Resoluções de Litígio da Fifa puniu nesta segunda-feira (13)  o atacante Rony, atualmente no Palmeiras, com quatro meses de suspensão.

Por causa da mesma ação, o Athletico, ex-time de Rony, fica impedido de registrar novos jogadores nas próximas duas janelas de transferências. Ainda cabe recurso no TAS (Corte Arbitral do Esporte) em até 21 dias.

A restrição passa a valer de imediato a partir da notificação da decisão desta segunda-feira e inclui tanto jogos de competições nacionais quanto internacionais.

O jogador também terá de pagar ao Albirex Niigata US$ 1.129,499 (cerca de R$ 6 milhões), acrescidos de 5% de juros a partir de março de 2019 até a data do pagamento, cujo prazo limite é de 30 dias.

O Palmeiras, que contratou Rony no início da temporada 2020, não faz parte do processo. O Verdão, porém, não poderá utilizar o jogador pelo período determinado pela Fifa.

A punição ocorre justamente no momento em que o ataque do Palmeiras deve perder sua principal referência: Dudu, em negociações com o Al Duhail, do Catar. Rony era visto como um substituto em potencial para o ídolo da torcida.

O advogado do Albirex, Breno Tannuri, entende que a punição ao Athletico equivale a um ano por envolver as janelas de julho de 2020 e janeiro de 2021; outros advogados ouvidos pela reportagem, porém, interpretam que essa suspensão vale por dois anos.

Marcos Motta, o advogado do Athletico no caso, ainda não se manifestou.

Em 2017, o Albirex Niigata entrou em acordo com o Cruzeiro para contratar Rony por três anos (até o final de 2019). O clube japonês informou, porém, que não poderia exercer a compra em definitivo na ocasião por restrições de regulamento.

Ficou definido, então, que ele seria inicialmente emprestado por um ano e que, depois disso, passaria a valer o vínculo integral. Mas, ao final desse período, o atacante alegou não existir esse pré-acordo para o segundo contrato e retornou ao Brasil em 2018.

O caso foi levado à Fifa, o que todos os clubes interessados em Rony nas últimas janelas sempre souberam. Ele chegou a treinar no Botafogo – que à época tinha Anderson Barros, atual diretor de futebol do Palmeiras –, mas o negócio melou.

Depois de fechar com o Athletico e ser campeão da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana de 2019, Rony foi vendido nesta temporada ao Palmeiras. Até o momento, ele disputou cinco partidas e não fez gols pelo Verdão.


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