​Festival Nossa Arte cria nova perspectiva para a política de inclusão social

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de julho de 2019 às 10:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:40
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Afirmação é de Cristiany de Castro, presidente da FEAPAES e secretária executiva da Frente Parlamentar Mista

Depois de três dias de intensas atividades, terminou na noite de quarta-feira o Festival Nossa Arte, realizado em Valinhos pela FEAPAES – Federação das APAES do Estado de São Paulo.

A edição deste ano, planejada durante meses, mudou o patamar do Festival, com muitas entidades pedindo a diminuição no intervalo de três anos, porque seu resultado tem um significado expressivo para a causa da pessoa com deficiência.

No último dia o Festival teve o gênero Dança durante todo o período da manhã. No período da tarde foram realizadas as apresentações de Artes Musicais e Artes Literárias. À noite, o jantar de encerramento com seu momento cultural.

Nesta quinta-feira, logo após o café da manhã, as delegações estão retornando para suas cidades.

No encerramento também foram feitas as premiações. Nas Artes Musicais, o resultado mostrou a APAE de Matão em 1º lugar, Mogi Mirim, em 2º e Mogi das Cruzes, em 3º.

Em Dança, ficou em 1º a APAE de Ilha Solteira, em 2º Santa Bárbara do Oeste e em 3º lugar Pirassununga.

A APAE de Franca ficou em 1º lugar em Artes Literárias, enquanto Araçatuba ficou em 2º e Porto Feliz em 3º.

APAES de mais de 50 municípios paulistas estiveram representadas no Festival, reunindo públicos entre 700 e 900 pessoas, entre artistas, familiares e expectadores.

O público prestigiou apresentações em várias modalidades artísticas: artes visuais (desenho, fotografia, pintura, gravura, colagem, escultura, instalação, computação gráfica e vídeo.

Na programação do evento teve ainda artes cênicas, como mímica, teatro, dublagem e dramatização.

Quem esteve em Valinhos viu ainda dança moderna, dança clássica, dança contemporânea, danças de salão e danças urbanas como hip hop e street dance.

A organização não se esqueceu de incluir no festival as artes literárias como poesias e textos. Também teve uma parte de artes musicais, instrumental e vocal, além de dança folclórica regional, nacional e internacional.

Por fim, a Federação abriu espaço para que a clientela atendida possa participar do festival com peças de artesanato.

Em todas as oportunidades que teve, Cristiany de Castro disse que as pessoas com deficiência são privadas de participar de eventos artísticos porque a sociedade ainda não acredita em seu potencial e também porque os órgãos ainda se preocupam muito pouco com a acessibilidade e os direitos dessas pessoas.

Com o objetivo cada vez mais determinado de fortalecer as APAES e todos os trabalhos que valorizam os deficientes, Cristiany de Castro diz que “ainda hoje, a arte desta muito distante das pessoas, poucos têm acesso. No nosso país, infelizmente, quando se trata da pessoa com deficiências a situação é ainda pior”.

Ela diz, com convicção, que o Festival Nossa Arte, “além de gerar inclusão social da pessoa com deficiência, valoriza a dignidade do ser humano que, durante muito tempo, foi forçado a viver à margem da sociedade”.

A secretária executiva da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES, que é presidida pelo deputado Márcio Alvino, faz questão de dizer que a arte exerce um grande papel no desenvolvimento das potencialidades das pessoas com deficiência.

Finalizando, Cristiany de Castro afirmou que o Festival Nossa Arte “é fundamental para conhecermos as potencialidades das pessoas com deficiência e exercer  uma verdadeira inclusão social”.


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