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Apresentadora está cada dia mais militante a favor de minorias e se posicionando politicamente
Fátima Bernardes está cada dia mais militante a favor de minorias e se colocando politicamente frente ao futuro que se apresenta.
Ela conta em entrevista que a mudança há cinco anos de uma bancada para um programa de debates proporcionou a liberdade.
“No telejornal, onde as notícias são cronometradas, é mais difícil. Hoje faço um programa meu e, quando vejo no nosso painel os assuntos em destaque nas redes sociais, me manifesto. Não é uma postura partidária. Só digo o que sinto e me ponho no lugar do telespectador”, contou a apresentadora em entrevista à revista ‘Veja’ desta semana.
Nas últimas semanas, por conta do descaminho tomado pelo Governo na pandemia do Covid-19, ela fez críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro e não se arrepende.
“Não faltam demonstrações de que o governo tem dificuldade de lidar com o contraditório. Em uma campanha tão importante, a de conscientização para as pessoas ficarem em casa, a imprensa foi fundamental, mas não houve uma parceria do governo, que teria sido muito útil para o país”, apontou.
Com embates cada vez mais diretos entre o presidente, o congresso e o judiciário, Fátima teme a volta da ditadura por meio de um golpe de estado.
“Teme a volta da censura? Temo e acho que todo mundo deve temer, agora e sempre. Não dá para relaxar”, avisou. Mas ela não se aponta em nenhum espectro político. “Não gosto da qualificação direita ou esquerda. Eu me considero humanista, com ideias progressistas”, se colocou.
A apresentadora também comentou sobre a descriminalização das drogas no Brasil. O tema é um tabu do governo conservador.
“É um assunto com prós e contras, mas sou a favor da legalização. Além de frear o tráfico e diminuir a violência, facilitaria o uso medicinal da maconha, um tema que enfrenta preconceito. Eu sou bem careta. Nunca experimentei droga. Nunca tomei um copo de chope na vida. No máximo bebo um pouquinho de vinho socialmente. Mas acredito firmemente no direito de escolha das pessoas para sua própria vida”, explicou.
Ela também não se negou a opinar também sobre o direito da mulher em interromper uma gravidez indesejada de forma segura, o aborto.
“Sou (a favor), pelo mesmo motivo. Pessoalmente, com a estrutura que sempre tive em família, não faria. Mas ninguém tem o direito de decidir sobre as opções do outro”, alerta.
Feminista declarada, Fátima se orgulha de ter lutado para ocupar espaços. “Quando fui fazer o Jornal da Globo, por exemplo, as apresentadoras não narravam gol. Eu era louca por futebol e consegui mudar isso”, lembrou.