Falta de fé dos francanos nos políticos pode causar abstenção mais elevada

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de junho de 2018 às 09:39
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:50
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Tomadas informais demonstram que quase metade dos francanos pode não quer votar

A situação dos candidatos a deputado federal e estadual por Franca não está fácil. Eles terão que se desdobrar para convencer os eleitores a votar no pleito de outubro deste ano

É o que demonstram as pesquisas de âmbito nacional, realizadas por grandes institutos, que grande parte dos eleitores brasileiros não pretendem votar ou querem anular seus votos. Em Franca, a situação não é diferente.

Vários levantamentos informais, realizados por pré-candidatos e por partidos políticos, demonstram que, na maioria dos cenários, quase metade da população afirma que não vai votar nas eleições para deputado. Outros dizem que vão à urna, mas cancelarão o voto.

Seria uma forma dos eleitores protestarem contra a classe política, que tem protagonizado diversos episódios deploráveis. 

Em Franca, por exemplo, Gilson de Souza (DEM) chegou ao governo como esperança da população mais simples ter vez na administração.

Porém, em um ano e meio de governo, o saldo que se acumula é de investigações no Ministério Público, de diversas promessas feitas durante a campanhanão e não cumpridas por Gilson, além da abertura de uma Comissão Processante contra ele, que acabou arquivada pelos vereadores.

O revés desta incredulidade dos eleitores poderá ter efeito devastador sobre a representatividade política da cidade, que atualmente não conta com deputados federais e tem somente um estadual.

Aliás, o único deputado estadual por Franca trabalha mais por cidades distantes do que pela população local. Seus feitos pela cidade vêm a conta gotas, com muitas notícias de expectativas e poucas de concretização. 

Já o senador francano Airton Sandoval, faz o que pode e ajuda a cidade e também municípios da região, mas também paga o preço da descrença na classe política.

O prazo para que os políticos mudem isso é curto e os argumentos, até aqui, não são os melhores.

A questão é que no modelo político vigente no Brasil, a cidade precisa de pelo menos um deputado federal e de um ou dois deputados estaduais, mas que trabalhem efetivamente pelos francanos. Quem sabe assim o conceito muda.


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