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Ex-jogador de Corinthians, Palmeiras, Santos e Cruzeiro não resiste aos ferimentos causados por acidente de automóvel na madrugada da última segunda-feira
Rincón sofreu grave acidente de automóvel na última segunda-feira, 11
O ex-jogador colombiano Freddy Rincón morreu no fim da noite da última quarta-feira em Cali (já início da madrugada de quinta pelo horário de Brasília) vítima de um grave acidente na cidade colombiana.
A confirmação do falecimento veio através de uma coletiva de imprensa na clínica onde o ex-jogador estava internado.
“A Clínica Imbanaco, com prévia autorização e em companhia dos familiares, se permite informar à opinião pública que, apesar de todos os esforços realizados por nosso corpo médico e assistencial, o paciente Freddy Eusebio Rincón Valencia faleceu no dia de hoje 13 de abril de 2022. Lamentamos profundamente este sensível acontecimento, enquanto estendemos nossas mais profundas condolências à família, amigos, parentes e seguidores. Jamais haverá forma de expressar o que isto significa realmente para nós. Convidamos a todo o país a recordá-lo com alegria por tudo o que nos brindou em vida com suas conquistas desportivas”.
O carro dirigido pelo ex-meia do Corinthians e Palmeiras foi atingido por um ônibus na madrugada da última segunda-feira. Com traumatismo craniano, Rincón chegou a ser operado, mas não resistiu.
Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia nasceu na cidade de Buenaventura, Colômbia, em 14 de agosto de 1966.
Começou a jogar futebol no Atlético Buenaventura, clube pequeno de sua cidade natal. De lá, rumou para o Deportes Tolima e depois ganhou o mundo. Quando ainda atuava no país, fez dois gols na histórica goleada da Colômbia sobre a Argentina por 5 a 0, no Monumental de Núñez, nas Eliminatórias da Copa de 1994.
Sua primeira experiência fora da Colômbia foi no Palmeiras, ao qual chegou no início de 1994, já como uma estrela da seleção de seu país.
Destacou-se no título paulista daquele ano ao lado de nomes como Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Edílson, Edmundo e Evair. Seis meses depois da chegada, durante a parada para a Copa do Mundo, transferiu-se para o Napoli.
Um ano depois, chegou ao todo-poderoso Real Madrid, mas não obteve o mesmo sucesso na Espanha e voltou ao Palmeiras no meio de 1996. Ao todo, fez 76 jogos e 22 gols pelo Verdão.
Em 1997, o Corinthians colocou a mão no bolso e investiu na compra do colombiano por cerca de US$ 1,3 milhão. Rincón, que era meia, virou volante e se tornou um dos maiores da história do clube.
Ao lado de Vampeta, formou dupla inesquecível. O quarteto de meio-campo, que contava ainda com Ricardinho e Marcelinho Carioca, se eternizou. Eles foram bicampeões brasileiros (1998/99), venceram o Paulistão de 99 e o Mundial de Clubes de 2000. Ríncon, capitão da equipe, ergueu a taça do mundo.
Pouco depois, recebeu uma ótima oferta salarial do Santos e trocou o Corinthians pelo Peixe, num período sem títulos. Atuaria ainda pelo Cruzeiro, em 2001, antes de voltar ao Timão em 2004, aos 37, para uma passagem apagada. Fez 158 jogos no Corinthians e 11 gols.
Também trabalhou no Brasil como treinador e chegou a comandar São Bento, São José, Iraty e Flamengo-SP entre 2006 e 2011. Nesse período, também foi técnico das categorias de base do Corinthians e Atlético-MG.
Na seleção colombiana, marcou 17 gols em 84 partidas. Disputou três Copas do Mundo: 90, 94 e 98. Com personalidade forte, Rincón ficou marcado pelo perfil de liderança e foi capitão em diversos times durante a carreira.
Ele deixa dois filhos, Sebástian Rincón, de 28 anos, que também é jogador de futebol profissional (atua pelo Barracas, da segundona argentina), e Freddy Stiven.
*Informações Globo Esporte