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Morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, após tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19 gerou discussões por conta da eficácia dos imunizantes
Estudos feitos no Brasil mostram que pessoas acima de 70 anos têm redução na proteção com a vacinação
A morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, após tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19 gerou discussões por conta da eficácia dos imunizantes.
O ator foi intubado na sexta-feira (6) da semana passada e fazia sessões de hemodiálise devido a dificuldades nas funções renais.
De acordo com os familiares, Tarcísio ficou isolado durante toda a pandemia mas por um descuido, se contaminou.
Estudos clínicos comprovam que as vacinas disponíveis são seguras e evitam os casos graves da doença.
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (13), a infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Raquel Stucchi, afirmou que o debate por dose de reforço é necessário.
“Principalmente das pessoas que fizeram parte do grupo prioritário, que foram as pessoas como Tarcísio e Glória [Menezes] e que já têm seis meses da vacinação”, disse ela.
Além disso, segundo a especialista, o ritmo lento da vacinação contra o novo coronavírus no país é “assustador”.
“Nós estamos completando 50% da população vacinada com uma dose, sete meses depois de iniciarmos a vacinação, então isso é de uma lentidão que vai trazer consequências sérias para nós”, alertou Stucchi.
Segundo a médica, uma das consequências que teremos, antes mesmo que toda população esteja imunizada, é discutir a revacinação.
Isso porque, de acordo com Stucchi, estudos já apontaram que depois de um período, a eficácia das vacinas vai diminuindo. “E os idosos fazem parte de um grupo que nós também sabemos que, para qualquer vacina, não tem uma ideal.”
“Alguns estudos, inclusive feito aqui no Brasil, sob liderança do Julio Croda [pesquisador da Fiocruz], mostram que pessoas acima de 70 anos, particularmente aqui no país, foi observada uma redução da proteção com a vacinação depois de seis meses.”
*Informações CNN