Estudo mostra que dispositivos digitais ajudam a melhorar a memória das pessoas

  • Nene Sanches
  • Publicado em 9 de agosto de 2022 às 11:00
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Uso de lembretes no dispositivo ajuda a lembrar informações importantes, ao mesmo tempo que libera espaço para detalhes secundários

Um estudo realizado por pesquisadores da UCL (University College London) e publicado no Journal of Experimental Psychology demonstrou que o uso de dispositivos digitais, como o celular, pode ajudar a melhorar as habilidade de memória dos indivíduos, em vez de torná-los “preguiçosos” ou “esquecidos”.

“Queríamos explorar como o armazenamento de informações em um dispositivo digital poderia influenciar as habilidades de memória”, disse o autor sênior, Sam Gilbert, em comunicado.

A pesquisa descobriu que os dispositivos auxiliam as pessoas a armazenar e lembrar informações significativas. Assim, liberam “espaço” no cérebro para que se recordem de detalhes que antes eram considerados menos importantes.

Segundo o portal R.7 Notícias, os cientistas mostraram que quando o smartphone funciona como uma “memória externa” da pessoa ele não apenas colabora com a ressalva das informações, mas também com aquelas que não foram inseridas nele.

“Descobrimos que, quando as pessoas podiam usar uma memória externa, o dispositivo as ajudava a lembrar as informações que haviam salvado nela. Isso não foi surpreendente, mas também descobrimos que o dispositivo melhorou a memória das pessoas para informações não salvas”, acrescentou Gilbert.

Detalhes da pesquisa

O estudo foi constituído por 158 voluntários com idade entre 18 e 71 anos. Os testes foram realizados com base em uma tarefa de memória que deveria ser reproduzida em um tablet ou computador com tela sensível ao toque.

Os participantes visualizaram cerca de 12 círculos enumerados e tiveram que arrastar alguns para a esquerda e outros para a direita. Um dos lados foi definido como de “alto valor” (lembrar-se de levar o círculo para esse lado valia dez vezes mais dinheiro) e o outro foi designado como “baixo valor”.

O teste foi repetido 16 vezes, sendo que em metade das ocasiões os participantes tiveram que utilizar apenas a própria memória e os demais puderam ser realizados com lembretes no smartphone.


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