Estudantes devem diminuir nervosismo e ansiedade para o Enem

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 2 de novembro de 2018 às 21:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:08
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Para especialistas, modificar a rotina na reta final de preparação para o exame pode ser prejudicial

A poucos dias do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), o principal vestibular do país, o foco
dos estudantes deve estar no controle da ansiedade. Especialistas avaliam que o
nervosismo pode impactar diretamente na concentração dos candidatos durante as
provas, mas fatores como alimentação e descanso podem ajudar a garantir uma
performance satisfatória.

O diretor-executivo de cursinho,
Gilberto Alvarez, comenta que muitos estudantes não lidam bem com a ansiedade e
recomenda que, em momentos de crise, os vestibulandos busquem gatilhos para
manter o nervosismo sob controle.  “O aluno deve tentar observar o
horizonte, recordar alguma lembrança boa, como um cheiro de perfume ou uma
pessoa querida. Beber água, caminhar, respirar fundo, puxando o máximo pelo
nariz e soltando pela boca”, afirma Alvarez.

A alimentação pode ser uma aliada dos
estudantes para conter o nervosismo e garantir um bom desempenho durante os
testes. Para a nutricionista Luciana Quiles, não é indicado mudar a alimentação
na semana anterior à prova, mantendo a dieta o mais perto da rotina
possível. 

Luciana também alerta para o longo
período de prova e comenta que o estudante pode perder a concentração se
estiver com fome. A nutricionista indica que os vestibulandos levem alimentos
que sejam fáceis de comer, como frutas frescas e castanhas, e que não se
esqueçam de beber água.

Para Alvarez, comer durante a prova
também é importante como distração e maneira de reflexão. “É uma forma de
respirar, se concentrar, recuperar energias”, comenta.

Reta
final

Nos momentos finais da preparação para
o Enem, uma coisa é consenso: em time que está ganhando não se mexe. Portanto,
nada de mudar a rotina. Fazer alterações radicais na dieta? Nem pensar. Luciana
dá dicas para os últimos dias. “Para a véspera e o dia do vestibular, o
estudante deve por alimentos mais leves, que não gerem sonolência ou
indisposição.” 

A experiência de conviver todo ano com
alunos que prestam vestibular fez Alvarez criar uma sugestão de rotina para o
dia do Enem. Os horários, para além das refeições, também são de suma
importância. “No dia da prova, é importante almoçar cedo, indico por volta
de 11h30. Assim, o corpo consegue a digestão de duas horas, garantindo que o
candidato não terá sono durante o exame”, projeta. “O aluno precisa
se conhecer. Alimentos que possam se transformar em energia são necessários,
são sempre ótimos. Outra indicação é não levar líquidos muito doces. O ideal é
com pouco ou até sem açúcar, porque se for muito doce, dá sede.”

E nada de se preocupar com aquela
matéria que não entendeu muito bem. Para Alvarez, já não é mais hora de estudo.
O descanso é o principal. “O que era para ter sido estudado, já foi. Agora
é desencanar, pensar em outras coisas, criar um ambiente leve e tranquilo na
reta final da preparação, para desestressar.”


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