Estudantes brasileiros conquistam o 2º lugar em competição da Nasa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de junho de 2020 às 16:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:54
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Jovens participaram de um desafio para criar em apenas 48 horas uma solução inovadora no combate à covid-19

Jheimis e Luiza participantes da equipe que conquistou o 2º lugar em competição

​Eles criaram um filtro purificador de ar e conseguiram o segundo lugar na etapa brasileira do “Nasa Space Apps Covid-19 Challenge”, um desafio de 48 horas da  Agência espacial americana para criar inovações no combate a covid-19. 

O próximo passo é participar da edição internacional da competição em agosto. 

A etapa brasileira da competição aconteceu entre os dias 30 e 31 de maio de maneira totalmente online e no formato Hackaton. 

Foram mais de 700 equipes ao redor do Brasil. Entre eles estava a equipe TaurusOx, composta por cinco jovens de diversas áreas do conhecimento, moradores de diferentes localidades do país e que se conheceram no dia da competição.

Cada um dos cinco participantes se inscreveu individualmente para o hackaton e as equipes se juntaram de acordo com as áreas que pesquisavam.

Eles escolheram pesquisar o ar em ambientes fechados por esta ser uma das principais formas de contaminação do coronavírus. 

“A qualidade do ar é horrível e os ambientes  fechados apresentam um risco maior de contaminação pelo vírus”, explica Luiza Amaral, estudante de 16 anos que integrou a equipe TaurusOx.

“Justamente nesses lugares sem ventilação que passamos a maior parte do tempo, como a nossa casa ou trabalho.” 

Com pesquisas disponibilizadas pela Nasa e o conhecimento de todos, eles propuseram um filtro de baixo custo, feito de algas, que pode matar o vírus e regular a qualidade do ar em ambientes fechados.  

“A gente pegou dados Estação Espacial Internacional para definir o que é um ar de boa qualidade e usar como referência”, complementa Luiza.

A inovação saiu apesar das dificuldades enfrentadas pelos estudantes em uma uma competição 100% online, os participantes da equipe nunca se encontraram presencialmente. 

“O maior desafio mesmo foi pensar em tudo isso de uma forma virtual, a gente não podia construir um protótipo”, explica Jheimis Santos da Silva, que também fez parte da equipe vice-campeã.  

Diante das dificuldades, as expectativas eram baixas, mas quando o resultado saiu foi uma grande surpresa para todos.

“A gente só queria se divertir e fazer um projeto que poderia de fato ajudar e quando recebemos a notícia ficamos realmente muito felizes”, conta Jheimis. “A nossa reação foi quase de ceticismo, demorou para cair a ficha”, complementa Luiza. 

O próximo passo para a equipe é competir na edição internacional do Hackaton da Nasa. A competição conta com participantes de todo o mundo. 

Todas as equipes que participaram da edição brasileira podem participar da internacional —  outra competição e com jurados diferentes. 


+ Ciência