Estilo de vida saudável e ativo pode tratar pré-diabetes e prevenir a tipo 2

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de setembro de 2019 às 01:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:47
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Combater a obesidade e apostar em exercícios físicos e em uma dieta rica em fibras são algumas estratégias

Publicação recente (de janeiro de 2019) da Diretriz da Associação Americana de Diabetes confirma que o tratamento da pré-diabetes e a prevenção da diabetes tipo 2 são possíveis através de mudanças no estilo de vida: controle de peso, maior ingestão de fibras, equilíbrio alimentar e prática regular de exercícios físicos.

Pacientes com sobrepeso e obesidade têm risco aumentado de resistência à insulina (pré-diabetes e diabetes tipo 2). Lembrando que mais da metade da população brasileira apresenta excesso de peso e obesidade.

A diabetes tipo 2 é uma doença “silenciosa”, com grandes complicações na microcirculação (oftalmológicas, cardíacas, renais …).

Critérios de diagnóstico para pré-diabetes e para risco aumentado de diabetes de acordo com American Diabetes Association (2018):

Glicemia em Jejum entre 100 e 125mg/dL

– Teste oral de tolerância à glicose – Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose entre 140 mg/dL e 199 mg/dL

– Hemoglobina A1C entre 5,7 e 6,4%

Critérios de diagnóstico para diabetes:

– Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL

– Hemoglobina A1C > ou = 6,5%

– Teste oral de tolerância à glicose – glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose: ≥ 200 mg/dL

– Glicemia ao acaso > 200mg/dL

Para prevenção da diabetes tipo 2 e tratamento da pré-diabetes, é determinante a mudança no estilo de vida.

Controle do peso

– Redução de 7% a 10% do peso corporal. Estudos são claros quanto à melhora em exames laboratoriais e na pressão arterial quando o indivíduo com sobrepeso ou obesidade reduz 10% do peso corporal.

– Elaboração de programa alimentar com restrição energética é fundamental para que ocorra a redução de peso, diminuindo de 500 a 1000 calorias diárias da alimentação.

– Atenção com a qualidade alimentar: ênfase na ingestão de grãos integrais, leguminosas, frutas, vegetais e legumes, oleaginosas. A associação de carboidratos e gorduras, mistura clássica do brasileiro, aumenta a densidade energética da preparação, dificultando a perda de peso.

– Reduzir o consumo de alimentos processados e evitar os ultraprocessados, cheios de aditivos e normalmente pobres em fibras e com alta densidade energética.

– A dieta low carb parece ser a que traz melhor benefício para indivíduos pré-diabéticos (níveis de HBA1C ➡ 5,7% a 6,4%). Entretanto, a melhor dieta é aquela que você consegue seguir e sustentar desde que haja preocupação com a qualidade alimentar.

– O programa alimentar deve ser elaborado de acordo com as histórias clínica e alimentar, a prática esportiva e o estilo de vida.

– É preciso reduzir a ingestão total de carboidratos e associar proteínas ou gorduras para menor estímulo insulínico. Quanto maior a quantidade de carboidratos, maior a necessidade de insulina.

– Bebidas açucaradas estão relacionadas com risco aumentado de diabetes.

– Evite sucos de frutas, prefira a fruta in natura.

Exercício físico

– Recomenda-se a prática regular de exercício físico por pelo menos 150 minutos por semana.

– Alguns benefícios: redução de peso, controle da fome e da ansiedade, melhora na sensibilidade insulínica e da composição corporal e redução da gordura abdominal.

– Procure a orientação de um profissional e educação física para individualização do seu treinamento (força + aeróbico).

Sempre atitudes individualizadas, adaptadas ao seu estilo de vida: prazerosas, possíveis, acessíveis e sustentáveis!


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