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A redação do Jornal da Franca recebeu uma denúncia que, se comprovada, demonstra que a própria Prefeitura Municipal pode estar sendo relapsa no controle de Covid-19.

A denunciante é uma estagiária que pede para não ser identificada por medo de represália.

Aprovada no concurso de estágio da Prefeitura de Franca, ela foi designada para trabalhar numa repartição policial.

Recentemente, vários policiais foram submetidos a testes de Covid-19, por atuarem na linha de frente, e alguns deles tiveram diagnóstico positivo, sendo imediatamente afastados.

Tendo contato com os policiais que deram positivo para o Covid-19 e sem ser submetida a teste do vírus, ela pediu orientação para a área de Recursos Humanos do governo Gilson de Souza.

A orientação que ela recebeu foi conseguir um atestado médico de afastamento do trabalho ou então continuar trabalhando.

Caso contrário, o governo municipal iria descontar da bolsa-auxílio os dias não trabalhados.

“Eu acho um descaso muito grande, principalmente porque eu não tenho carro e preciso utilizar o ônibus para ir ao trabalho”, diz ela.

O episódio demonstra o grau de desencontro do governo municipal no trato da pandemia.

Vários equívocos num só caso:

• Se a estagiária trabalha num ambiente que teve pessoas positivas, nada garante que ela não tenha o vírus também.
• Se foi feito teste com policiais, era natural que se fizesse com os outros funcionários do local.
• Se ela tiver o vírus e for assintomática, ela pode estar propagando a Covid-19.

As autoridades da área médica e epidemiológica pedem cuidado e prevenção para a população, mas quando o episódio é no seu quintal, o governo municipal não sabe o que fazer.

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