Estado de São Paulo prevê volta às aulas no dia 8 de setembro, mas com rodízio

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de junho de 2020 às 13:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:53
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As escolas deverão fazer um rodízio de estudantes, em uma modalidade chamada de ensino híbrido

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (24), que o retorno das aulas presenciais no estado começará gradualmente a partir de 8 de setembro. 

O protocolo vale para educação municipal, estadual, mas também deve ser seguido pelas escolas privadas. Todas as etapas, da creche ao ensino superior, devem seguir as regras, assim como a educação complementar, como as escolas de inglês.

Inicialmente, as escolas deverão fazer um rodízio de estudantes, em uma modalidade chamada de ensino híbrido, quando parte do conteúdo é ministrado presencialmente e outra parte à distância. 

A capacidade dos alunos nas unidades começará em 35% na primeira fase, 70% na segunda e 100% na terceira.

Segundo o governado, no entanto, as unidades escolares só poderão reabrir de fato se todas as 18 regiões de saúde do estado estiverem na fase amarela do plano São Paulo por ao menos os 28 dias anteriores.

Atualmente, não há nenhuma região nessa fase de flexibilização das medidas de isolamento social. A confirmação de que as aulas poderão voltar será feita pelo governo em 4 de setembro.

Haverá uma série de protocolos que serão adotados, com base em experiências internacionais. “Respeitar o distanciamento de 1,5 metro é a regra de ouro para a volta. Ela vale para todas as redes e o uso de máscara será obrigatório”, informou o secretário de Educação, Rossieli Sorares.

Desde o início de março, quando a pandemia do novo coronavírus forçou o fechamento das escolas, os alunos da rede estadual estão acompanhando o conteúdo à distância, por meio de transmissão via televisão e no aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP).

O retorno às aulas é um dos processos mais delicados para autoridades. Só em São Paulo, são cinco mil unidades escolares, que atendem um contingente de 13 milhões de estudantes.

Será necessário desenvolver uma série de estratégias para avaliar o impacto educacional nesse período de isolamento. A equipe do governo paulista já antecipou que avalia a possibilidade da criação de um 4º ano opcional do Ensino Médio.

O governo definiu ainda três frentes estruturantes para o retorno das aulas: acolhimento socioemocional, recuperação e aprofundamento da aprendizagem e prevenção do abandono e evasão escolar.

Veja as principais regras que devem ser adotadas

  • Distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, exceto na educação infantil
  • Recomendável adotar ensino remoto combinado ao retorno gradual
  • Organizar horários de entrada e saída para evitar aglomerações
  • Feiras, palestras, seminários, competições e campeonatos esportivos estão proibidos
  • Intervalos e recreios devem ser feitos com revezamento
  • Educação física e artes devem ser feitas com o distanciamento e ao ar livre
  • Higienizar frequentemente as mãos com água, sabão ou álcool em gel
  • Uso obrigatório de máscara, inclusive no transporte escolar
  • Disponibilizar EPIs para os funcionários
  • Fornecer água potável de modo individualizado

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