Esporotricose: como evitar a doença que atinge gatos e humanos

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 27 de outubro de 2023 às 22:00
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A esporotricose é uma doença que vem crescendo muito nos últimos anos; médico-veterinário dá dicas de como proteger seu gato

Casos da doença têm aumentado muito nos últimos anos – foto Freepik

 

A esporotricose é uma doença cuja ocorrência em gatos tem aumentado muito nos últimos anos no Brasil.

Trata-se de uma zoonose, então também pode afetar humanos, e está crescendo muito em todo o país, com destaque para os estados de São Paulo (aumento de 40% no total de casos com registro neste ano em relação ao anterior) e Paraná (registro saltou de 1.242, em 2022, para 2.887 em 2023).

Causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, a doença é mais comum nos gatos e seres humanos, mas também pode ser transmitida dos felinos para os cães. Os gatos se tornam vetores da enfermidade quando esse fungo fica em suas garras, saliva e sangue.

A evolução da doença costuma ser rápida, principalmente nos gatos, e por isso é tão preocupante. Ela pode variar de uma simples lesão de pele passível de regressão espontânea até uma forma grave da doença devido à disseminação por via sanguínea ou linfática.

Assim, quando surgirem os primeiros sintomas, como feridas profundas na pele (geralmente com pus) que não cicatrizam e evoluem rapidamente, além de espirros frequentes, já é preciso se atentar.

Nos seres humanos, podem aparecer feridas que não cicatrizam e, se a doença evoluir, há a possibilidade de comprometimento dos vasos linfáticos.

É aí que surgem também sintomas como tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Em indivíduos imunossuprimidos, o fungo pode se espalhar mais rapidamente por diversos órgãos e tecidos, se tornando assim mais grave.

Como evitar a esporotricose?

Segundo Pedro Risolia, médico-veterinário da Petlove, os gatos semidomiciliados, ou seja, aqueles que vivem em casa, mas também têm acesso livre à rua, precisam de uma atenção especial. “Eles podem se contaminar ao cavar buracos depois de defecarem e ao afiarem as unhas em árvores e plantas”, alerta.

Além disso, gatos que não são castrados estão mais suscetíveis a disputas por territórios e brigas com outros felinos.

Por isso, também são mais propensos a contrair a doença, já que um felino contaminado pode transmitir o fungo para outro por meio de arranhões.

As melhores formas de controlar a doença e evitar que ela atinja o seu pet é a restrição do acesso às ruas e realização da castração.

Também é muito importante tratar do bichinho se ele acabar sendo infectado, já que assim você impede que ele transmita o fungo para outros animais ou seres humanos.

Outra medida necessária é que ele faça consultas regulares a veterinários e um check-up de exames. Dessa forma, vai ser possível perceber a doença mais rapidamente e tratá-la de forma eficiente e antes que ela se espalhe.

Tratamento

E se o gato acabar diagnosticado com a esporotricose mesmo seguindo essas recomendações? Segundo Pedro, o tratamento geralmente acontece com antifúngico de fácil acesso, mas que precisa de receita de um médico-veterinário.

Por isso, em qualquer caso de suspeita, o primeiro passo é buscar um profissional. Isso também vale para os seres humanos, já que a doença também só vai poder ser avaliada e tratada por profissionais de saúde nesse caso.

*Informações Alto Astral


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