Em Belo Horizonte, por exemplo, analista contábil Claudinei Fernandes diz que caminhava pela rua quando foi surpreendido pelas luzes.
“Eu estava saindo de casa por volta das 18h30 quando olhei para o céu e veio a luz muito forte. Achei que era estrela cadente, muito forte e com uma calda muito grande. Foi uma cena bonita, mas depois fiquei um pouco de temor, pois não sabia do que se tratava”, diz.
Meteoro, meteorito e estrela cadente
De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, o fenômeno durou cerca de 30 segundos e se trata de um “bólido”, uma espécie de meteoro luminoso que é chamado popularmente de estrela cadente.
Isso significa que um fragmento de rocha espacial atravessou a atmosfera da Terra, conforme relata o astrônomo e professor aposentado da UFMG Renato Las Casas.
“O meteoro é uma pedra que entra na nossa atmosfera em altíssima velocidade e, devido ao atrito com o ar, ela vai aquecendo. Se as partes da pedra aquecem mais que outra parte, cria-se uma tensão nesse material e pode chegar ao ponto de explodir, como nós acreditamos que aconteceu ontem”, explica o astrônomo.
Quando sobra algum fragmento que atinge o solo, ele recebe o nome de meteorito. Ainda é cedo para saber o tamanho da rocha de ontem e se ela deixou algum rastro.
“Eles (meteoritos) têm valor que vão além do material. Eles têm um grande valor científico porque contam para a gente a história do nosso sistema solar. Muitos meteoritos aqui foram formados juntos com nossos planetas e as informações que eles trazem para os cientistas não têm preço”, explica o pesquisador do Museu das Minas e do Metal Luciano Faria, em declaração ao portal G1 (clique aqui).