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Além de canais e ferramentas para transmitir mensagens, o Telegram permite a formação de grupos com até 200 mil participantes
Com uma avalanche de memes, vídeos, áudios, correntes e notícias falsas, parte distribuída através de robôs, o WhatsApp foi um dos protagonistas das eleições brasileiras de 2018.
Um ano antes do pleito que definirá o presidente da República, especialistas em segurança da informação apontam que um concorrente deve assumir a posição de “vilão” digital da próxima campanha: o Telegram.
Com uma filosofia de moderação mínima, a ferramenta é considerada um terreno mais fértil para campanhas de desinformação e discurso de ódio por esses especialistas.
Ao contrário do WhatsApp, que limita grupos a 256 membros e restringe o leque de mensagens replicadas muitas vezes, o Telegram permite grupos com 200.000 pessoas e compartilhamento irrestrito.
Canais, ferramentas para transmitir mensagens, têm um número ilimitado de assinantes.
O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos frequentemente anunciam seus canais no Telegram.
Na segunda-feira (04), durante a queda de quase 7 horas do WhatsApp, o presidente usou a falha para tentar atrair seguidores.
No Twitter, ele convocou as pessoas a segui-lo no aplicativo, pois “muitas redes sociais encontram instabilidade”.
Seu canal está perto de 1 milhão de assinantes.
Segundo uma notícia publicada pelo jornal O Globo, foi uma estratégia consciente desses grupos que estão atacando o processo eleitoral de migração em massa para o Telegram, que é um canal menos propenso ao diálogo, com menos controle no Brasil.
“É uma grande ameaça, não só o fortalecimento desses grupos nos espaços digitais, mas também o fortalecimento em espaços menos ajustáveis, ou menos dispostos a se autorregular”, diz Fernanda Campagnucci, diretora executiva da Open Knowledge Brazil.