Segundo especialista, uma abordagem estratégica e bem informada pode facilitar a realização de procedimentos estéticos
A procura por cirurgias plásticas cresceu consideravelmente nos últimos anos, principalmente devido aos avanços alcançados no setor de medicina estética.
O Brasil se destaca como um dos países com maior número de cirurgias plásticas realizadas no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Em 2021, estima-se que foram realizados aproximadamente 1,5 milhão de procedimentos, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP. No entanto, o custo dessas intervenções muitas vezes se torna um empecilho.
Embora a procura por procedimentos estéticos seja alta, a cobertura dos planos de saúde é limitada. Em geral, os convênios cobrem apenas cirurgias reparadoras e reconstrutivas, que visam a corrigir deformidades adquiridas ou melhorar a qualidade de vida dos pacientes, como a rinoplastia quando há desvio de septo que prejudica a respiração, por exemplo.
Exceções
Procedimentos estéticos, como lipoaspiração, implante de silicone e blefaroplastia, geralmente não são cobertos pelos planos de saúde, exceto em casos onde a saúde do paciente depende desses procedimentos.
Diante desse cenário, Rodolfo Damasceno, especialista na área de saúde e estrategista com uma década de experiência, mostra que é possível ser a exceção à regra.
“O primeiro passo é conhecer os direitos garantidos pelo plano de saúde. Muitos pacientes não sabem que têm direito a certas cirurgias plásticas quando estas são justificadas por questões de saúde e bem-estar”, explica o profissional, que é idealizador do curso “Como Autorizar Sua Cirurgia Plástica pelo Convênio”.
É importante ressaltar que as regras de cobertura variam de acordo com cada plano de saúde. Por isso, o paciente deve sempre consultar a seguradora para verificar se o procedimento desejado está coberto e quais os requisitos necessários para a autorização.
Buscar direitos
Em caso de negativa do plano, o paciente pode buscar seus direitos e recorrer aos órgãos de defesa do consumidor.
Para evitar a necessidade de recomeçar o processo, a documentação adequada é fundamental. Rodolfo enfatiza a importância de um laudo médico detalhado, que deve incluir um diagnóstico claro e a justificativa para o procedimento.
“O relatório deve apontar todos os sintomas e problemas que justificam a cirurgia. Além disso, é importante anexar exames complementares, que mostram a necessidade de intervenção”, destaca.
Outra dica valiosa é manter um bom relacionamento com o plano de saúde. “É importante ter um contato direto e manter um diálogo aberto. Muitas vezes, a autorização pode ser facilitada com uma boa comunicação e a apresentação de todos os documentos necessários de forma organizada e clara”, pontua.
Prazos internos
O especialista também alerta sobre os prazos e processos internos dos convênios. “Os segurados precisam estar atentos aos prazos estabelecidos pelos planos para a análise de pedidos. Se o prazo não for cumprido, o paciente tem o direito de recorrer e exigir uma resposta o quanto antes”, lembra.
Para Rodolfo, o conhecimento sobre os próprios direitos é um dos principais aliados do paciente. “Os planos de saúde têm a obrigação de seguir as normas estabelecidas pela ANS. Se um procedimento cirúrgico é considerado necessário para a saúde do paciente, por exemplo, o plano não pode recusar a cobertura sem uma justificativa plausível e fundamentada. Em casos de negativa injusta, é possível recorrer à ANS e até mesmo buscar auxílio jurídico”, orienta.
Damasceno acredita que é fundamental que os pacientes busquem sempre uma segunda opinião médica, especialmente quando há dúvidas sobre a necessidade do procedimento.
Visão abrangente
“Esse movimento pode reforçar o pedido de autorização e fornecer uma visão mais abrangente sobre a necessidade da cirurgia. Muitas vezes, outro especialista pode identificar detalhes que foram negligenciados inicialmente”, completa.
Estes caminhos possíveis ressaltam a importância do conhecimento e da preparação na busca pela autorização de cirurgias plásticas pelos convênios de saúde.
“Com uma abordagem estratégica e bem informada, é possível transformar o sonho da intervenção cirúrgica em realidade, aliviando questões de saúde e melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza.
Sobre Rodolfo Damasceno
Empreendedor com uma década de atuação na área de saúde, Rodolfo possui ampla expertise em estratégias de autorizações cirúrgicas junto às operadoras de saúde.
Destaca-se por sua significativa contribuição, destravando mais de 10 mil processos cirúrgicos em um período de 10 anos e auxiliando médicos cirurgiões em diversas especializações.
Além de ser o criador do Método RD3x, um impulsionador para a qualidade de vida dos Médicos Cirurgiões que pode triplicar o número de cirurgias autorizadas, o especialista também criou o Método RD+, um processo de consultoria que auxilia diretamente os pacientes que buscam a realização de determinados procedimentos cirúrgicos.
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