Entenda como é o processo da reposição hormonal masculina

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de agosto de 2018 às 15:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
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Indicada para tratamento da andropausa, reposição pode ser necessária em homens acima dos 40 anos

A reposição hormonal masculina é indicada para tratamento da
andropausa, um distúrbio hormonal que surge no homem a partir dos 40
anos e é caracterizada pela baixa produção de testosterona, causando
diminuição da libido, irritabilidade e ganho de peso.

A testosterona começa a cair por volta dos 30 anos
de idade mas não é necessário que o homem comece a usar a testosterona
sintética ainda nessa fase porque isso pode ser prejudicial à saúde.

A reposição só é indicada após os 40 anos e se os sintomas
estiverem muito intensos trazendo desconforto. Nesse caso deve-se ir ao
urologista para realizar um exame de sangue que indique a dosagem de
testosterona na corrente sanguínea e então iniciar o tratamento.

Quando a reposição é indicada

Os sintomas relacionados à diminuição da produção de
testosterona são diminuição da libido, dificuldade de ereção, perda de pelos,
aumento de peso, diminuição da massa muscular, aumento da irritabilidade e
insônia. A partir dos sintomas relatados pelo médico podem ser solicitados pelo
médico exames de sangue com o objetivo de avaliar a saúde do homem, como por
exemplo testosterona total e livre, PSA, FSH, LH e prolactina, que apesar de
ser um hormônio dosado nas mulheres para verificar a capacidade de produção de
leite durante a gravidez, por exemplo, pode indicar alguma disfunção masculina.

Os valores normais de testosterona no sangue no
homem são entre 241 e 827 ng/dL, no caso da testosterona livre, e, no caso da
testosterona livre, 2,57 – 18,3 ng/dL em homens entre 41 e 60 anos, e 1,86 –
19,0 ng/dL em homens acima de 60 anos, podendo os valores variar de acordo com
o laboratório. Assim, valores abaixo dos valores de referência podem indicar
uma menor produção de hormônio pelos testículos, podendo ser indicado pelo
médico a reposição hormonal de acordo com os sintomas.

Remédios para a reposição

A reposição hormonal masculina é feita de acordo com a
orientação do urologista, que pode indicar o uso de alguns medicamentos, como:

– Comprimidos de acetato
de ciproterona, acetato de testosterona ou undecanoato de testosterona
como o Durateston;

– Gel
de dihidrotestosterona;

– Injeções de cipionato,
decanoato ou enantato de testosterona, aplicadas 1 vez por mês;

– Adesivos ou implantes
de testosterona.

Uma outra forma de melhorar os sintomas de
andropausa no homem é a mudança de hábitos de vida como alimentação saudável,
prática de exercício físico, não fumar, não beber álcool, reduzir o consumo de
sal e de alimentos gordurosos. O uso de suplementos vitamínicos, minerais e
antioxidantes, também podem ajudam a controlar a baixa taxa de testosterona no
sangue do indivíduo.

Possíveis efeitos colaterais

A reposição com testosterona só deve ser feita com a orientação
médica e não deve ser utilizada para ganho de massa muscular, pois pode causar
sérios danos à saúde, como:

– Agravamento de câncer
na próstata;

– Aumento do risco de
doença cardiovascular;

– Aumento da toxicidade
do fígado;

– Aparecimento ou piora
da apneia do sono;

– Acne e oleosidade da
pele;

– Reações alérgicas na
pele devido aplicação do adesivo;

– Aumento anormal da
mama ou aparecimento de câncer de mama.

O tratamento com testosterona também não é indicado
para os homens que possuem suspeita ou confirmação de câncer de próstata ou
mama devido aos possíveis efeitos colaterais da reposição hormonal, por isso,
antes de iniciar o tratamento hormonal, também devem realizar exames para
detectar presença de câncer de próstata, mama ou testículo, doenças de
fígado e problemas cardiovasculares.

Reposição hormonal causa câncer?

A reposição hormonal masculina não provoca câncer,
porém pode agravar a doença nos homens que tenham ainda o câncer pouco
desenvolvido. Por isso, cerca de 3 ou 6 meses após início do tratamento, deve
ser feito o exame de toque retal e dosagem do PSA para verificar alterações
importantes que indiquem presença de câncer.


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