​Engenheira faz graves denúncias contra o governo de Gilson de Souza

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de novembro de 2017 às 11:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Depoimento bombástico dado durante depoimento à Comissão Processante compromete a administração

A segunda testemunha ouvida na manhã de hoje, pela Comissão Processante, foi a engenheira Aline Salomão Silva Maia, que trabalha na Secretaria de Planejamento Urbano da Prefeitura Municipal de Franca. 

O vereador Adermis Marini, presidente da Comissão, pediu que a testemunha dissertasse sobre o processo de aprovação do projeto do empreendimento mencionado pelo denunciante Marcelo Teixeira. A resposta foi bombástica.

A engenheira afirmou que ela e o engenheiro Fabrício foram chamados ao gabinete do prefeito e que eles foram questionados pelo ex-chefe de gabinete, Agostinho Ferreira, sobre as razões pelas quais o alvará ainda não tinha sido expedido pela Secretaria de Planejamento Urbano.

Aline disse que foi explicado que havia pendência a serem resolvidas, como problemas em relação às exigências da CPFL quanto à rede elétrica e na previsão de vias de acesso ao empreendimento, que fica próximo ao Recanto Capitão Heliodoro.

A engenheira relatou ainda diversas outras reuniões que teriam ocorrido entre ela e o engenheiro Fabrício com o prefeito e os procuradores jurídicos do município na tentativa de resolver as pendências. 

Disse ainda que os engenheiros se recusaram a comparecer às últimas reuniões, por discordância com o gabinete sobre a situação.

Aline fez graves acusações, que poderão ter sérias consequências na estrutura da administração municipal. 

Afirmou que os engenheiros tiveram diversas reuniões com o prefeito Gilson de Souza, com o ex-chefe de gabinete de Gilson, Agostinho Ferreira, e até com o genro de Gilson de Souza e diretor do GCN Publicações, Rodrigo Henrique. Mas fez questão de dizer que recebeu a isenção e o apoio dos procuradores municipais, Alexandre Trancho e Eduardo Campanaro, 

No seu depoimento, Aline disse que “restava a apresentação do projeto das vias de acesso ao empreendimento. Ela efetuou o registro em cartório e pediu o alvará de início de obra. Há um prazo de 180 dias que é condicionante ao alvará. O prefeito me chamou e questionou por que não poderia expedir o alvará. Expliquei que havia pendência com a rede de energia elétrica e com as vias de acesso. O chefe de gabinete, Agostinho, disse para tirar o decreto, mas já havia sido registrado em cartório. Depois, chamaram o engenheiro Fabrício, os procuradores Campanaro e Trancho e o genro do prefeito, Rodrigo Henrique”, continuou.

Aline também fez graves acusações sobre o Poder Legislativo. Disse que havia uma negociação de bastidores para que o projeto de mudança da faixa do Minha Casa Minha Vida, de um para um e meio, envolvendo o vereador Ilton Ferreira. Segundo ela, isso foi dito diretamente pelo procurador do município, Eduardo Campanaro, e a conversa foi toda gravada.

“O Campanaro disse que foi procurado por um vereador, disse que estava tudo combinado e que alguns vereadores receberiam lotes do empreendimento para aprovar a mudança de faixa. Quando fui chamada para conversar com o Campanaro, como eu achei que seria coagida, eu gravei a conversa. Tenho provas. Apresento a conversa à comissão assim que requisitar”.

Ela afirmou ainda, textualmente, que a Construtora Pacaembu foi favorecida pela administração municipal.

Atualizado às 12 horas.


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