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Novo formato do exame, aplicado em computador, deverá virar o padrão para todos os candidatos em alguns anos
Em seu primeiro dia de provas, Enem Digital teve 68% de abstenções
O Enem Digital, aplicado no último domingo (31), teve um total de 68% de abstenções entre os 96 mil candidatos confirmados na versão digital do exame.
Um total de 34.590 pessoas fizeram a prova neste primeiro dia.
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que “tivemos alguns problemas, mas todo processo inédito está sujeito a obstáculos”.
O Enem digital teve problemas em alguns locais do país:
– Candidatos de Belo Horizonte tiveram que esperar até 2 horas para o início da prova;
– No Distrito Federal, estudantes foram dispensados após erro no sistema;
– No Tocantins, problemas técnicos foram registrados em pelo menos três locais de provas
– No Amapá, o único local do exame no estado apresentou problemas estruturais e foi interditado.
De acordo com Lopes, 93 mil máquinas foram usadas no Enem digital.
Sobre o alto número de abstenções, declarou que é “em função da pandemia”.
Mais cedo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, citou uma sobrecarga no sistema. “Ainda não tenho todos os relatos de problemas, mas isso iria acontecer por causa de sobrecarga do sistema.”
Ele também disse que os candidatos que não conseguiram fazer a prova por problemas no sistema do Inep poderão fazer o exame nos dias 23 e 24 de fevereiro.
Apesar de a prova ser digital, a redação é manuscrita, não digitada.
Neste ano, serão três versões diferentes do Enem:
– impressa, em 17 e 24 de janeiro;
– impressa, em 23 e 24 de fevereiro, na reaplicação do exame (para candidatos do Amazonas, por exemplo, onde a prova foi adiada; privados de liberdade; afetados por problemas logísticos, como falta de luz no local de prova; e pessoas com doenças infectocontagiosas);
– digital, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
São questões e temas de redação diferentes. O nível de dificuldade, por outro lado, é sempre o mesmo, por causa da Teoria de Resposta ao Item.
*Com informações G1