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Foram 37 vítimas fatais contra 29 no ano passado inteiro – Dados mostram que vítimas têm entre 18 e 29 anos
Dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito
(Infosiga) apontam que em 2018, o número de mortes no trânsito de Franca já
supera o registrado em 2017 inteiro. Foram 37 óbitos de janeiro a julho, contra
29 no total do ano passado inteiro.
Junho foi o mês que mais registrou acidentes fatais. Foram nove contra
cinco no mesmo período de 2017. Em abril e maio foram nove ocorrências. Um dos
acidentes matou a estudante de direito Milena Fernandes, de 31 anos, que também
trabalhava como sapateira. A motocicleta dela foi atingida por um carro, em que
o motorista não respeitou a sinalização.
Elaine Cristina Fernandes comenta que, mesmo atenciosa, a sobrinha não
conseguiu evitar o acidente. “Ela sempre foi muito atenta e muito ativa para
dirigir, mas nesse dia aconteceu o que ninguém queria que acontecesse”, lembra.
A irmã da vítima, Maiara
Fernandes, conta que a família não superou o trauma do acidente de Milena. “Nós
ficamos traumatizados. É difícil sair na rua agora. Eu mesmo, não pretendo ter
moto tão cedo”, relata.
Características dos acidentes
Dados do Infosiga apontam que, das 37 mortes registradas
entre janeiro e julho, 11 são de vítimas com idade entre 18 e 24 anos, e três
são da faixa etária entre 25 a 29 anos.
Os
homens são maioria, sendo 81,08%, contra 18,92% das mulheres. O horário que
requer mais atenção no trânsito é das 18h até meia-noite, período em que
aconteceram 16 mortes em sete meses.
O
levantamento do governo aponta também que 67,57% das vítimas são socorridas e
morrem em hospitais. Dos acidentes fatais, 64,86% acontecem na cidade e 35,14%
nas rodovias da região de Franca.
Especialista
explica
O engenheiro especialista em trânsito, Alexandre Chioca Rinaldi,
disse acreditar que um dos motivos do aumento de acidentes é o crescimento da
frota em Franca. “Você aumenta a quantidade de veículos nas ruas, aumenta a
possibilidade de acidentes”, argumenta.
Má
conservação de veículos, o aumento de pessoas nas ruas em busca de uma
atividade e a imprudência no trânsito são fatores que contribuem para esse
aumento de casos com morte. “A moto está mais exposta ao perigo. O motociclista
acaba vitimado porque, numa colisão com carro, ele sempre vai ao chão e pode
ocasionar a morte”, explica o especialista.