EFEITO MORAL

  • EntreTantos
  • Publicado em 5 de junho de 2018 às 15:44
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:27
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Saudações paciente leitor!

Tenha você se aderido ou não à greve dos caminheiros. Se você é pró paralisação ou anti. Não importa. Aliás, é uma questão pessoal que deve ser respeitada. O fato é que, longe de qualquer pretensão catastrófica e exagerada, um caos se instalara, na sociedade e nos pilares corroídos do governo. Aprendemos muitas lições ao longo desta paralisação. Lições que deverão nos servir de base para futuras ações sociais. Uma delas, é que, ficou bastante nítido, que no imposto de cada dia, nas arrecadações tributárias exorbitante, através das quais o governo nos esfola a carne, ninguém tasca. Os senhores que regem nossa sociedade são inflexíveis quanto abaixar valores relativos aos impostos e, imaginar um país livre de exorbitantes taxas de imposto é muita ingenuidade de nossa parte. Uma utopia que não se aplica nem na ficção. Um outro ponto que se não preocupa, ao menos intriga, é o papel da mídia televisiva durantes conflitos sociais, como ocorre na questão da paralisação dos camioneiros. A mídia televisiva nacional, tem se mostrado bastante parcial e altamente partidária em assuntos de absoluta relevância para o país. Algumas das principais emissoras de televisão brasileira, tentam claramente, distorcer fatos e transmitir somente conteúdo que vão de encontro às suas ideologias políticas. O expectador, fica como marionete, manuseado a favor deste e contrário aquele, e tudo se confundindo, se metamorfoseando o tempo todo, com o único objetivo de separar a população e, consequentemente, enfraquece-la. A mídia televisiva vem pintando o cenário nacional à sua maneira, se dizendo representante legal dos ideias do povo. Portanto, paciente leitor, que um dia há de explicar-me por qual razão ainda segue estas minhas analogias sórdidas, é extremamente importante lembrarmos sempre, que a TV e, consequentemente, toda sua programação é um objeto de entretenimento, não um manual capaz de ditar os códigos de comportamento social, política e tudo mais.

Confesso que muitas vezes critico esta globalização tecnológica desenfreada, mas, devo admitir que, nestes últimos acontecimentos, ficou provado que as redes sociais se tornaram uma ferramenta bastante necessária ao agrupamento, recrutamento social para determinadas causas, ainda que, o governo, tanto quanto qualquer um de nós, tenha completo conhecimento de que, numa guerra, por exemplo, uma das principais ações necessárias ao êxito na batalha, é cortar as linhas de comunicações entre seus inimigos, com intuito de vulnerabilizá-los, dispersá-los. Portanto, é bem provável que eventualmente, quando a batalha parecer perdida, o governo recorra a tal estratégia.

Outro ponto que desanima qualquer perspectiva é o modismo do tal “Fake News”, arma poderosa nas mãos das manobras políticas. Nascem com propósito de confundir ainda mais os eleitores que, curiosamente, por mais que assistem tanta TV se mantêm desinformados. Aliás, o oportunismo político sega a proporcionar asco. Os canalhas de colarinho branco, não possuem a mínima decência de se solidarizarem com o povo, e traçarem estratégias apartidárias, visando solucionar determinada questão. Quais verdadeiros abutres, se valem da menor faísca de falência de determinados setores. É impressionante perceber que cada brecha é oportuna para se praticar a política. Curiosamente, a política só não é praticada nos corredores dos hospitais, nas escolas, nas culturalização do povo. E, falando em abutres, parasitas que se valem de conflitos para obterem vantagens, foi, no mínimo vergonhoso, a demonstração que tivemos, de que, num momento, em que o povo deveria se unir, em todos os setores, houve indivíduos que se valeram da ocasião para violar ainda mais o sofrimento do povo, em prol de benefício próprio. Como nem tudo são espinhos, reconheço que, tiraremos de bom, o fato de que o brasileiro está aprendendo a sair da resignação cômoda e mostrar sua força. Mas, ainda é necessário olharmos na mesma direção, remarmos todos para o mesmo objetivo. Sei que, como em qualquer conflito, haverá quem retornará ao lar, completamente derrotado, ferido ou mutilado pelo poderio inimigo. Mas, em solidariedade a estes bravos guerreiros, digo que, o estado brasileiro é um inimigo mortal, e fazê-lo ao menos sangrá-lo, já é uma conquista enorme. A batalha ainda não está perdida, estamos apenas começando a preparar nosso exército, chamado povo.

*Essa coluna é semanal e atualizada às quartas-feiras.


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