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Impor limites na educação dos filhos é parte importante do desenvolvimento infantil
Muitos pais têm dificuldade de agir diante da birra dos filhos – foto Educlub
Impor limites na educação dos filhos é parte importante do desenvolvimento infantil. Ainda assim, muitos pais possuem dificuldades para agir com firmeza diante das birras das crianças, conforme explica o psicólogo Filipe Colombini.
“Dizer não para o filho é importante para o fortalecimento da autoestima, do aprendizado, do respeito às regras de boa convivência, assim como para o manejo adequado das emoções, por toda a vida”, diz o profissional.
De acordo com Colombini, o acolhimento e o afeto contribuem para uma comunicação mais aberta e positiva entre pais e filhos, sendo uma peça-chave na hora de se colocar regras.
No entanto, o especialista destaca que é preciso ter equilíbrio ao aplicar limites aos pequenos.
“Punições desmedidas ou castigos físicos, apesar de ainda serem práticas comuns, jamais terão resultados positivos, podendo gerar traumas para a criança”, alerta.
Para ajudar os pais que querem colocar limites na criação dos filhos sem o uso da violência, o especialista listou sete passos que podem auxiliar nesse processo. Confira quais são:
1. Conheça seu filho
Segundo o psicólogo, é importante entender o padrão de comportamento dos filhos, assim como também é fundamental conhecer as fases do desenvolvimento humano e as mudanças físicas e mentais que elas trazem. Dessa forma, fica mais fácil lidar com as dificuldades da criação.
“Os pais não devem exigir mais do que o filho pode em termos de maturação neuropsicológica e cerebral e também no que diz respeito ao desenvolvimento de autocontrole e regulação emocional. Uma criança de sete anos, por exemplo, não poderia ser cobrada sobre ter responsabilidade para os estudos”, pontua.
2. Trabalhe seu emocional
Ao tentar estabelecer limites aos filhos, os pais podem se deparar com sentimentos de desconforto, raiva ou frustração. Mas o especialista afirma que tudo isso faz parte do processo.
“Educar é desafiador, por isso, é importante identificar padrões negativos e buscar autoconhecimento. Se os pais sentirem dificuldades, vale buscar a orientação parental, com suporte psicológico.”
3. Seja um modelo para seu filho
As regras impostas aos pequenos muitas vezes não são respeitadas pelos próprios pais e isso pode iniciar um conflito.
“A criança percebe o comportamento dos adultos e muitas vezes o replica. Quando os pais falam para os filhos para não usar o celular durante o jantar, por exemplo, e não obedecem a regra, há uma incoerência entre o dizer e o fazer, o que pode levar a criança a não aceitar mais esse limite”, ilustra o psicólogo.
4. Mantenha os combinados
Qualquer tipo de punição que aconteça sem que os limites sejam pré-estabelecidos pode gerar dúvidas e confusões entre as crianças. Por isso, Filipe ressalta que é essencial que os combinados sejam sempre respeitados pelos pais.
“É importante que as crianças saibam que suas ações têm consequências e que elas possuem direitos e deveres. Se a criança ficar triste, o pai deve conversar e acolher, mas nunca invalidar ou relaxar as regras”, orienta.
5. Use recompensas
Estabelecer prêmios por bom comportamento ou pela realização de tarefas também é uma boa forma de motivar as crianças.
“Recompensar não significa chantagem. Portanto, oferecer um presente para mostrar que você valoriza o esforço do seu filho pode ser bastante válido”, afirma o psicólogo. Contudo, ele pede aos pais que tomem cuidado para não usar essa estratégia de maneira indiscriminada.
6. Tenha consistência
Outro ponto destacado por Colombini é que toda a família entenda a importância das obrigações exigidas para as crianças.
“Os pais devem se manter muito seguros sobre as regras definidas, por isso, não deve haver discordância entre os responsáveis sobre os combinados na frente das crianças, que podem ver isso como uma inconsistência.”
7. Quando necessário, seja flexível
Nem só de regras e limites é feita a criação dos filhos. Também existem momentos em que alguns desses combinados podem ser alterados, dependendo da situação.
“Ter regras não significa ter rigidez. Por exemplo, se seu filho foi mal na prova porque estava doente e não conseguiu estudar, talvez seja o caso dele não receber uma punição. Isso será importante para ele não perder a motivação dali para frente”, conclui o psicólogo.
*Informações Alto Astral