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Algumas medidas importantes podem ajudar a diminuir as chances do animal contrair a doença do carrapato; saiba quais são elas

O carrapato transmite 2 doenças que merecem a atenção dos tutores – foto Shutterstock
Ouviu falar da “doença do carrapato” e ficou preocupado, querendo saber como proteger o seu cãozinho?
Segundo Marina Tiba, médica-veterinária e Gerente de Produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, esse nome popular se refere, na verdade, a duas doenças: a erliquiose e a babesiose.
Ambas são transmitidas pelo carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus) e realmente merecem atenção, já que podem causar grandes consequências à saúde do animal.
Contudo, saber as diferenças entre elas e como prevenir o seu bichinho já é de grande ajuda para que ele não sofra com isso.
“Embora ambas tenham a mesma via de transmissão e afetem as células de defesa do cão, elas agem de maneira distinta no organismo”.
“É importante destacar que essas doenças são graves e exigem tratamento imediato, sendo que o quadro clínico e prognóstico são variáveis de acordo com a gravidade da infecção, a resposta do organismo, a espécie do patógeno envolvido no caso e até a presença de comorbidades”, explica.
A seguir, conheça mais sobre cada uma das enfermidades conhecidas como “doença do carrapato”:
Erliquiose
A erliquiose é causada pela bactéria Ehrlichia canis que, ao acessar a corrente sanguínea, afeta as células de defesa (glóbulos brancos) do sistema imunológico do animal, causando a destruição dessas células, além da possibilidade de acometer hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.
A doença evolui em três fases: aguda, subclínica e crônica.
Na fase aguda, as bactérias se multiplicam no interior dos glóbulos brancos, podendo afetar órgãos como fígado, baço, pulmões e rins, além de se aderirem às paredes dos vasos sanguíneos, causando inflamação.
O cão pode apresentar febre, perda de peso, fraqueza e diarreia.
Na fase subclínica, as manifestações clínicas são menos evidentes, mas ocorre uma redução significativa de leucócitos e plaquetas, células essenciais para a defesa e coagulação do sangue, impactando o sistema imunológico e a capacidade de cicatrização do organismo do hospedeiro, o que torna o pet mais vulnerável a outras complicações.
Já na fase crônica, as alterações da fase aguda podem reaparecer com maior ou menor intensidade, e o animal pode se mostrar apático, com maior predisposição a infecções secundárias.
Se não tratado adequadamente, um cão com o sistema imunológico debilitado pode vir a falecer.
Além disso, dependendo da fase da doença as manifestações da erliquiose são semelhantes aos da cinomose, leishmaniose ou mesmo de outras enfermidades.
Dessa forma, um diagnóstico preciso é essencial para um tratamento eficaz.
Babesiose
A babesiose, por sua vez, ocorre pelo protozoário Babesia canis e transmitida pela saliva do carrapato infectado durante a alimentação.
“Essa doença destrói os glóbulos vermelhos do animal, resultando em um quadro de anemia severa. O pet pode apresentar sinais físicos e comportamentais logo após a infecção, como palidez, perda de apetite, cansaço extremo, letargia e depressão”, explica Marina.
Vale lembrar que apenas um médico-veterinário vai poder avaliar se o cão tem qualquer uma das duas doenças ou alguma outra semelhante em sintomas, a partir de exames.
Tratamento
O tratamento vai depender do agente que causou a doença. Se a enfermidade for a babesiose, o remédio usado é um antiparasitário intravenoso, enquanto na erliquiose são os antibióticos.
“Mesmo que o animal apresente melhora nos primeiros dias, é essencial que o tutor siga o tratamento até o fim, conforme a orientação veterinária, para garantir a cura completa e evitar recaídas”, reforça a profissional.
Como prevenir
Por fim, a melhor forma de evitar que o seu bichinho sofra com essas doenças é a prevenção.
Assim, use carrapaticidas, inspecione seu cão após passeios (verifique patas, axilas, orelhas e virilha), marque consultas periódicas e conscientize outros tutores sobre essas questões.
*Fonte: Alto Astral