Doença do Beijo afeta mais as crianças: entenda como é a contaminação

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de dezembro de 2019 às 23:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:08
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Melhor forma de prevenir é evitar que a criança leve à boca objetos usados por outras crianças ou adultos

​Popularmente conhecida como Doença do Beijo, a Mononucleose Infecciosa é uma condição causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), conduzido principalmente por meio da saliva, e que afeta principalmente as crianças. 

O hábito de beijar os filhos pequenos na boca pode, portanto, ser grande fator de risco para a contaminação.

Doença do Beijo: como ocorre a contaminação

Além do beijo, a Mononucleose Infecciosa pode ser transmitida por meio do compartilhamento de objetos pessoais, por exposição à tosse ou espirro, explica Claudia Conti, pediatra.

A melhor maneira de prevenir a doença é evitar que a criança leve à boca objetos utilizados por outras crianças ou adultos. A médica ainda indica que os pais de crianças pequenas evitem beijá-las na boca e sempre higienizem as mãos antes de pegá-las no colo, reduzindo assim o risco de contaminação.

Ao apresentar o quadro de mononucleose, o indivíduo excreta o vírus até 18 meses após a infecção. Nesse período, ele pode infectar outras pessoas durante contato próximo ou prolongado.

Há ainda outras formas de contágio, que são mais raras, como em casos de contaminação por transfusão de sangue e via transplacentária, quando a gestante adquire o vírus na gravidez e transmite ao feto pela placenta.

De acordo com a pediatra, estima-se que mais de 90% da população adulta já contraiu o vírus em algum momento da vida. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e a pessoa não percebe que foi contaminada.

Porém, no caso das crianças, um quadro comum pode evoluir para uma infecção secundária, levando à necessidade de internação e acompanhamento médico.

A suspeita de contaminação pela Doença do Beijo pode ser indicada em um hemograma. Se o exame detectar a presença de anticorpos heterofilos e/ou a presença de anticorpos específicos, a presença do vírus da Mononucleose pode ser confirmada. 

O tratamento inclui repouso e uso de medicação para redução dos sintomas, conforme orientação do médico.


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