Divórcio e filhos: saiba quais são as 5 atitudes essenciais que os pais devem ter

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 22 de setembro de 2024 às 21:00
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Apesar de ser uma situação complicada, algumas atitudes podem melhorar muito a convivência entre casais divorciados e seus filhos

O divórcio é uma situação muito difícil e que afeta toda a família, principalmente os filhos – foto Shutterstock

 

Por mais que alguns casais consigam manter a cordialidade e o respeito após um divórcio, esse nunca é um processo 100% simples.

E tudo fica ainda mais complicado quando há crianças no meio disso, já que isso geralmente faz com que o ex-casal precise se ver e conversar mais vezes.

Nesses casos, muitas vezes os pais e mães acabam tomando atitudes errôneas que trazem consequências para os pequenos. Porém, como evitar que isso aconteça?

Segundo a advogada e empresária Andressa Gnann, sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados, uma das coisas mais importantes, nesse sentido, é saber separar as coisas.

“É preciso saber separar a relação entre ex-casal e entre pai e mãe, afinal, o casal pode não existir mais, porém, eles serão para sempre pais e mães dos filhos”, afirma.

Existem casos e casos, principalmente quando o ex-parceiro também não é um bom pai ou mãe.

Entretanto, quando as questões que trouxeram o divórcio foram apenas entre o casal, é importante saber continuar convivendo e se comportar da melhor forma possível.

A seguir, confira outras 5 atitudes que a especialista acredita que casais divorciados com filhos devem ter:

Preservar o respeito mútuo entre ex-cônjuges

Ainda que a relação amorosa não tenha dado certo, quem é pai e mãe precisa entender que exercerá esse papel para o resto da vida, por isso manter o respeito ao ex-parceiro é fundamental.

“O ex-parceiro ou ex-parceira pode ter sido péssimo como marido ou mulher, todavia, continua sendo pai ou mãe de seus filhos. Então, o respeito mútuo entre ambos deve prevalecer, pois nenhuma criança gosta de ver seu pai ou sua mãe sendo desrespeitado”, ressalta Andressa Gnann.

Não falar sobre o pai ou a mãe na frente da criança

Nenhuma criança gosta de ouvir alguém falando mal de seus pais, inclusive eles mesmos. Então não é legal ficar falando mal de seu ex-parceiro na frente dos pequenos.

“Muitos acham que a criança não está prestando atenção, mas elas ouvem tudo. Então, deixe para falar do ex-companheiro ou companheira na terapia ou com seu advogado e em todas as situações longe dos filhos”, afirma a advogada.

Entender que a criança tem direito à pensão alimentícia

Com um divórcio, é natural que uma das partes assuma a guarda e passe a ter que lidar com a questão das despesas.

Quem tem a guarda deve entender que a outra parte precisa ajudar financeiramente, pois é um direito da criança.

E quem não possui a guarda também precisa entender que é dever arcar com a pensão alimentícia judicialmente.

“Muitas mulheres, especialmente, deixam de pedir pensão alimentícia porque acham que é uma humilhação, mas precisam lembrar que a pensão alimentícia é um direito da criança e quem detém a guarda tem o dever de exigir a pensão alimentícia judicialmente, assim como o outro genitor tem o dever de contribuir financeiramente”, diz Andressa Gnann.

Ela sugere que seja feito um levantamento das despesas dos pequenos para que a pensão alimentícia seja mais justa e equilibrada, devendo sempre focar em manter o padrão de vida da criança, mesmo após a separação do casal.

Estimular a convivência

Há casos nos quais não dá para deixar a criança conviver com o pai ou com a mãe, pois isso pode colocá-la em risco.

Entretanto, se não for a situação de vocês, estimular essa convivência é uma das atitudes que casais divorciados com filhos precisam ter.

“Ser pai ou mãe a cada 15 dias não é o ideal, por isso é importante estimular a convivência com o outro genitor, seja um dia a mais por semana ou alguma atividade específica”.

“Além disso, outras formas de contato podem ser estabelecidas e, dependendo da idade da criança, mensagens via whatsapp ajudam a preservar o contato”, orienta a especialista.

Não usar a criança como “pombo correio”

Segundo Andressa Gnann, muitos ex-casais costumam usar os filhos como uma ferramenta para saber do ex-parceiro ou parceira ou, ainda, para enviar recados.

“Isso é muito desagradável e faz mal às crianças. Por isso, quem quer preservar os filhos após uma separação deve deixá-los longe desse tipo de coisa”.

“Eles não têm que ficar no meio de qualquer investigação que os ex-parceiros queiram fazer. E muito menos enviar recados, inclusive, quando diz respeito à pensão alimentícia”, finaliza a advogada.

*Informações Alto Astral


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