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Números são 16% inferiores, em volume, aos registrados no mesmo período de 2022
Números são 16% inferiores, em volume, aos registrados no mesmo período de 2022
Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, entre janeiro e setembro, foram exportados 90,63 milhões de pares, os quais geraram US$ 907,17 milhões, resultados inferiores tanto em volume (16%) quanto em valores (8,4%) em relação ao mesmo período do ano passado.
O recorte mensal de setembro aponta para a exportação de 8,36 milhões de pares e US$ 84 milhões, quedas de 19% e 23,2%, respectivamente, ante o mês nove de 2022.
Na comparação com os nove primeiros meses da pré-pandemia, em 2019, o setor segue positivo em 6,1% em volume e em 23,7%.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que, infelizmente, a queda nos embarques já estava “mapeada” pelo setor.
“As exportações de calçados vêm caindo desde o início do ano por fatores macroeconômicos e também porque a base do ano passado é muito forte, então não existe nada de novo. No ano passado, não custa lembrar, tivemos o melhor resultado em 12 anos nas exportações de calçados”, disse o dirigente.
O presidente aponta que, este ano, houve o retorno forte da China ao mercado, depois de rigorosas políticas de Covid Zero que atrasaram sua produção, além da normalização dos preços dos fretes, o desaquecimento da economia mundial, em especial, dos Estados Unidos, além da alta da inflação.
Segundo o executivo, nos próximos meses a queda deve ser menor, já que a base dos últimos meses de 2022 é mais fraca. “A estimativa da Abicalçados é de encerrarmos o ano com uma queda aproximada de 9% nos embarques”, prevê.