Dificuldade nos estudos? Neurocientista ensina o melhor método de aprendizagem

  • Nene Sanches
  • Publicado em 21 de março de 2024 às 19:00
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Especialista diz que o primeiro contato com a informação é o mais importante para consolidar a memória e otimizar os estudos

Sabe quando você passa o dia estudando uma matéria e mesmo assim parece que não aprendeu nada? É hora de mudar sua estratégia de estudos.

A neurocientista doutora Roberta Ekuni explica o melhor método para reter as informações e otimizar a aprendizagem.

Para estabelecer uma memória a longo prazo, o primeiro contato com a informação é o mais importante. A neurocientista chama esse estágio de momento de aquisição ou codificação. O que você faz enquanto lê, assiste ou escuta a mensagem vai influenciar sua lembrança depois.

Ou seja, se você prestar atenção na explicação do professor, vai ter mais facilidade nos estudos da matéria. Quando as pessoas se atentam à informação, buscam extrair o significado e fazer conexões, aumentam a chance de lembrar daquilo mais tarde.

O que o autor quer dizer?

A doutora Roberta Ekuni aconselha, portanto, a tentar processar o conteúdo da maneira mais profunda possível.

É preciso se questionar: o que isso significa? O que o autor quer dizer? Como isso se relaciona com outros conhecimentos? Ela recomenda a técnica da leitura ativa, que estimula o leitor a dialogar com o texto.

“A aprendizagem depende de estratégias focadas no funcionamento da memória. Por que? Se eu sei como a memória funciona, eu vou conseguir otimizar melhor o meu aprendizado”, esclarece a neurocientista. O processamento profundo da informação é o primeiro passo para aumentar a eficácia dos estudos.

Pré-ativação

A pesquisadora ainda recomenda revisar um pouco do conteúdo antes de ir para aula. Se você não tiver tempo de ler o material inteiro que o professor mandou, não faz mal. Mas é importante ler um resumo ou mesmo os tópicos da aula para realizar a “pré-ativação”.

Desse modo, as informações ficam à disposição no cérebro e você tem mais facilidade para agregar dados em cima disso.

“Quando você está adquirindo novas informações, se informações relacionadas estão mais ativas, é mais fácil de você pensar e fazer conexões”, indica a doutora Roberta Ekuni.

Só a estratégia de estudos não basta

Cuidado, no entanto, para não apostar todas as suas fichas na estratégia de estudos. A neurocientista entende que a aprendizagem depende de uma somatória de fatores, como o bem-estar.

O aspecto fisiológico influencia os estudos tanto quanto a estratégia do estudante. O sono e a alimentação, por exemplo, são quesitos básicos e ainda assim subestimados. Se você não dormiu o suficiente e não se alimentou direito, não vai absorver as informações com a mesma eficácia.

Além disso, preocupações e pensamentos intrusivos afetam a aprendizagem. A doutora Roberta Ekuni alerta que a situação socioeconômica dos alunos pode agravar as dificuldades nos estudos.

Segundo o portal Ndmais, para aprender bem, o apoio da família e a tranquilidade mental são indispensáveis.


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