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Especialista diz que o primeiro contato com a informação é o mais importante para consolidar a memória e otimizar os estudos
Sabe quando você passa o dia estudando uma matéria e mesmo assim parece que não aprendeu nada? É hora de mudar sua estratégia de estudos.
A neurocientista doutora Roberta Ekuni explica o melhor método para reter as informações e otimizar a aprendizagem.
Para estabelecer uma memória a longo prazo, o primeiro contato com a informação é o mais importante. A neurocientista chama esse estágio de momento de aquisição ou codificação. O que você faz enquanto lê, assiste ou escuta a mensagem vai influenciar sua lembrança depois.
Ou seja, se você prestar atenção na explicação do professor, vai ter mais facilidade nos estudos da matéria. Quando as pessoas se atentam à informação, buscam extrair o significado e fazer conexões, aumentam a chance de lembrar daquilo mais tarde.
O que o autor quer dizer?
A doutora Roberta Ekuni aconselha, portanto, a tentar processar o conteúdo da maneira mais profunda possível.
É preciso se questionar: o que isso significa? O que o autor quer dizer? Como isso se relaciona com outros conhecimentos? Ela recomenda a técnica da leitura ativa, que estimula o leitor a dialogar com o texto.
“A aprendizagem depende de estratégias focadas no funcionamento da memória. Por que? Se eu sei como a memória funciona, eu vou conseguir otimizar melhor o meu aprendizado”, esclarece a neurocientista. O processamento profundo da informação é o primeiro passo para aumentar a eficácia dos estudos.
Pré-ativação
A pesquisadora ainda recomenda revisar um pouco do conteúdo antes de ir para aula. Se você não tiver tempo de ler o material inteiro que o professor mandou, não faz mal. Mas é importante ler um resumo ou mesmo os tópicos da aula para realizar a “pré-ativação”.
Desse modo, as informações ficam à disposição no cérebro e você tem mais facilidade para agregar dados em cima disso.
“Quando você está adquirindo novas informações, se informações relacionadas estão mais ativas, é mais fácil de você pensar e fazer conexões”, indica a doutora Roberta Ekuni.
Só a estratégia de estudos não basta
Cuidado, no entanto, para não apostar todas as suas fichas na estratégia de estudos. A neurocientista entende que a aprendizagem depende de uma somatória de fatores, como o bem-estar.
O aspecto fisiológico influencia os estudos tanto quanto a estratégia do estudante. O sono e a alimentação, por exemplo, são quesitos básicos e ainda assim subestimados. Se você não dormiu o suficiente e não se alimentou direito, não vai absorver as informações com a mesma eficácia.
Além disso, preocupações e pensamentos intrusivos afetam a aprendizagem. A doutora Roberta Ekuni alerta que a situação socioeconômica dos alunos pode agravar as dificuldades nos estudos.
Segundo o portal Ndmais, para aprender bem, o apoio da família e a tranquilidade mental são indispensáveis.