Dia Nacional de Combate ao Câncer é lembrado, como alerta, nesta terça

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de novembro de 2018 às 02:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:11
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Para mulheres entre 25 e 64 anos, é importante realizar o exame preventivo ginecológico

Em 1988, o Ministério da Saúde instituiu o 27 de novembro como o Dia Nacional do Combate ao Câncer. O intuito é transmitir à população mais informações sobre os diversos tipos de neoplasia ” termo médico para a doença “, causas e tratamentos. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2016 havia 596 mil casos, sendo 57.960 de câncer de mama. Já a estimativa para 2018 é de 634.880 casos – 59,7 mil de mama. 

Segundo o oncologista Amsterdam Sartório, a realização de check-ups frequentes é uma das principais maneiras de prevenir. Para ele, hoje as pessoas estão mais atentas e informadas sobre o assunto devido às mídias sociais e ferramentas de busca, mas há um contraponto: dentre as informações de fácil acesso, são encontradas muitas inverdades. 

“Um dos maiores desafios na luta contra o câncer é esclarecer os mitos que cercam a doença. Além disso, pacientes enfrentam inúmeros problemas para garantir o acesso a um tratamento rápido e de qualidade, como falta de infraestrutura e transparência.” O médico aponta que, para mudar isso, é necessário que mais serviços como campanhas de conscientização partam da sociedade e dos governos. 

Causas

O corpo humano é formado por inúmeras células, que possuem um ciclo de vida ordenado, conhecido por divisão celular. Quando ocorrem anormalidades nesse ciclo, forma-se um conjunto de células alteradas e as doenças decorrentes desse processo são denominados “câncer”. 

Os tumores malignos são um crescimento desordenado de células que podem atingir órgãos ou tecidos e, caso espalhem-se para outras partes do corpo, causam a metástase. Os benignos, por sua vez, são massas localizadas de células que se multiplicam lentamente e são similares ao tecido original; são poucos os casos que levam ao risco de vida. 

As causas da doença são diversas, decorrentes de fatores de risco ambientais ou hereditários. Segundo o Inca, 80% dos casos são causados por fatores relacionados aos ambientes em geral (água, ar), ocupacional (indústrias químicas e similares), de consumo (alimentação, medicamentos) ou sócio-cultural (hábitos e estilos de vida como tabagismo e consumo frequente de álcool).

Os casos exclusivamente hereditários são considerados mais raros, mesmo com fatores genéticos tendo um importante papel na oncogênese (conjunto de alterações cromossômicas, celulares ou genéticas que acarretam o desenvolvimento do câncer).

Prevenção e tratamento

Ao contrário do que se possa pensar, existem hábitos e medidas que ajudam a prevenir cânceres. Não fumar, estabelecer uma alimentação saudável e equilibrada, praticar atividades físicas frequentemente e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição ao sol sem proteção são algumas das formas de prevenção. Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é essencial, pois protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. 

Para mulheres entre 25 e 64 anos, é importante realizar o exame preventivo ginecológico (chamado de Papanicolau); para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, é recomendada a vacinação contra o HPV (vírus do papiloma humano). 

Dentre as opções de tratamento disponíveis na oncologia (especialidade médica que estuda as neoplasias), encontram-se hormonioterapia, imunoterapia, terapia alvo, medicina personalizada, radioterapia, quimioterapia, transplante de medula óssea e realização de cirurgia para retirar o tumor. Em muitos casos, é necessário atuar com mais de uma alternativa.​


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