Dia das Crianças: varejo já encheu os estoques com muitos jogos e brinquedos

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 13 de setembro de 2020 às 12:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:13
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As prateleiras já estão cheias e a Abrinq consegue comemorar um crescimento de 3% no faturamento

Prateleiras têm opções mais baratas neste ano

A cerca de um mês para o Dia das Crianças, o varejo chama os adultos a adiantarem as compras presenciais, para evitar aglomerações nas lojas na última hora, ou aproveitarem os novos canais de vendas lançados. 

As prateleiras já estão cheias e, por isso, a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) consegue comemorar um crescimento de 3% no faturamento, em relação a 2019 — que registrou um saldo de R$ 7,290 bilhões. O resultado é especialmente importante pois, junto com o Natal, a data responde por 65% das vendas do setor no ano.

Um dos motivos para o crescimento do mercado nacional é a valorização do dólar frente ao real, que fez cair a importação de brinquedos, como explica o presidente da associação do setor, Synésio Batista da Costa.

“As importações de brinquedos caíram 50%, e metade dos pedidos foi transferida para a indústria nacional. Então, nossas 400 fábricas cresceram em 25% suas produções, contratando 2.500 funcionários, que não são mão de obra temporária. E trabalhamos para manter os preços dos produtos, trazendo muita novidade para o mercado”, garante.

A fabricante Estrela, por exemplo, manteve a média de lançamentos para a data, este ano, mesmo diante da pandemia do novo coronavírus. Para elevar entre 5% e 10% as vendas do período, porém, apostou em linhas de produtos mais baratos.

“Normalmente, lançamos de cem a 150 itens, o que estamos prevendo para este ano. Em 2019, percebemos uma queda no tíquete médio (gasto dos consumidores com produtos). Com base nessa realidade, a arquitetura da coleção de 2020 projeta a busca de produtos, nos pontos de venda, de até R$ 100. Então, de 80% a 90 % da linha de lançamentos visam a esse comprador, que após a pandemia está mais empobrecido e racional”, diz o diretor de Marketing da empresa, Aires Fernandes.

O consumo de brinquedos e jogos pelos brasileiros cresceu durante a pandemia. A Galápagos Jogos, por exemplo, entre vendas no seu e-commerce e para lojas, teve um resultado 84% superior no primeiro semestre deste ano, em relação aos seis meses do ano passado, conta Yuri Fang, CEO da fabricante.


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