compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Ação terá diferentes recursos tecnológicos, como áudio e vídeo contra irregularidades
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) deu início neste mês a um projeto-piloto para monitorar, por meio de câmeras e telemetria, as provas práticas de direção veicular para a categoria B (carro).
Os veículos em que são realizados os exames são equipados com diferentes recursos tecnológicos, como áudio e vídeo, que permitirão o rastreamento e a conferência do percurso e do comportamento do candidato durante o teste de direção. A comparação desses dados com as informações relatadas pelo examinador vai tornar o resultado da prova mais preciso.
O piloto, que está sendo realizado na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, servirá de base para definir o modelo a ser implantado em todo o Estado.
“O objetivo é tornar a aplicação do exame prático mais precisa e coibir possíveis irregularidades, como o pagamento da chamada ‘quebra’ para ser aprovado”, ressalta a diretora-vice-presidente do Detran.SP, Neiva Aparecida Doretto. “O intuito é também aprimorar a formação dos condutores, o que é essencial para tornar o trânsito mais seguro”, pontua.
Candidato e o examinador passam por identificação biométrica (leitura de digitais) no início e no final da prova. Cinco câmeras no veículo registram tudo o que acontece dentro e fora dele, inclusive com áudio, como comportamento de candidato e examinador, percurso e movimentos de ré e baliza.
Além disso, sensores identificam possíveis toques do carro na baliza, aceleração excessiva, uso das setas e do freio de mão, funcionamento do motor, velocidades média e máxima e tempo gasto em pontos específicos do teste.
No último dia 16, começaram a ser monitoradas também as provas práticas da categoria A (moto). Esses exames são monitorados por meio de imagens de quatro câmeras externas fixadas em pontos do percurso, posicionadas de maneira que filmam todas as etapas do teste, do início ao fim.
Se houver divergência entre a avalição do examinador e os registros coletados pelos equipamentos dos veículos, o sistema emitirá uma mensagem no painel de monitoramento, e o resultado será analisado pelos membros da banca examinadora. Nestes casos, serão em média três dias para confirmar a aprovação ou a reprovação do candidato no exame.
O piloto está sendo desenvolvido pela Restart Fast Solutions, que venceu a licitação cujo edital foi publicado em 27 de outubro de 2015. A empresa é responsável por fornecer os carros com câmeras, sensores e demais equipamentos, como tablets, GPS e leitores biométricos, para operação, processamento e armazenagem dos dados que são transmitidos obrigatoriamente ao Detran.SP, que centraliza as informações.
Combate à corrupção – Em casos de comprovação de irregularidades e uso de métodos fraudulentos para obtenção da CNH, o Detran.SP tomará as medidas cabíveis, como o descredenciamento dos estabelecimentos que oferecem o serviço, o desligamento de eventuais funcionários envolvidos e o cancelamento das habilitações obtidas irregularmente.
É imprescindível que a sociedade não seja conivente e contribua para coibir quaisquer atos ilícitos. O candidato à habilitação não deve propor nem aceitar qualquer facilitação ou favorecimento. Diante da suspeita de irregularidade ou tentativa de corrupção, o cidadão deve denunciar o caso à Ouvidoria do Detran.SP, que pode ser acessada por meio da área de atendimento do portal www.detran.sp.gov.br.
“O combate à corrupção e a lisura e excelência na prestação dos serviços de trânsito são os pilares do novo Detran.SP. Somente com ética e transparência é possível construirmos instituições públicas sérias e um nação digna”, aponta Neiva.